Alexandre Silveira diz que PPI é "absurdo" e anuncia mudança na política de preços da Petrobrás
A Petrobrás, por sua vez, afirmou não ter recebido nenhuma proposta do Ministério de Minas e Energia a respeito da alteração de sua política de preços
247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), classificou o PPI (Preço por Paridade de Importação), que atualmente baliza a política de preços da Petrobrás, como um "verdadeiro absurdo" e afirmou que o governo mudará o regime.
"Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno", declarou Silveira à GloboNews nesta quarta-feira (5). A medida, segundo ele, deverá cortar o preço do litro do diesel em R$ 0,22 ou R$ 0,25.
O ministro informou que a Petrobrás já possui orientação para alterar as diretrizes e a previsão é que as mudanças comecem a ser aplicadas após a próxima assembleia geral da estatal, marcada para o fim deste mês. "A partir daí, o equilíbrio entre o conselho e a diretoria vai visar buscar a implementação dessa nova política de preço".
Silveira explicou ainda que o objetivo é fazer com que a Petrobrás volte a ser o amortecedor de impactos externos em refinarias brasileiras, mantendo estável o preço dos combustíveis. "A Petrobrás vai continuar sendo respeitada na sua governança, vai continuar sendo respeitada na sua natureza jurídica. Mas nós vamos exigir da Petrobrás, como controladores da Petrobrás, que ela respeite o povo brasileiro. Que ela cumpra o que está nas Lei das Estatais e na Constituição Federal, sua função estatal, que é criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis. Isso vai resolver o problema definitivo quando a gente tiver uma crise internacional? Não. Não vamos iludir ninguém, nós vamos estar sempre suscetíveis às questões da volatilidade internacional. Mas a Petrobrás tem sim muito para poder contribuir com a questão social brasileira".
O que diz a Petrobrás
Em resposta às declarações do ministro, a Petrobrás informou ao mercado financeiro que não recebeu nenhuma proposta do Ministério de Minas e Energia a respeito da alteração da política de preços da companhia.
"Quaisquer propostas de alteração da política de preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia", diz o comunicado da empresa.
A Petrobrás ainda afirmou que ajustes de preços de produtos "são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais".
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