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Alta de juros não está no cenário base do Banco Central, diz Campos Neto

Campos Neto, no entanto, disse que há uma percepção de analistas de piora nas contas públicas

Roberto Campos Neto (Foto: Reuters/Brendan McDermid)

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Reuters - Uma eventual alta de juros não está no cenário base do Banco Central, disse nesta quinta-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, enfatizando que as comunicações recentes da autoridade monetária buscaram não apresentar orientação futura para a taxa Selic.

Em entrevista para comentar o Relatório de Inflação, em São Paulo, Campos Neto destacou que o BC está acompanhando o cenário e segue vigilante.

“Sobre alta de juros, não é o nosso cenário base, a gente entende que a linguagem adotada é compatível com não ter dado ‘guidance’ para o futuro neste momento”, afirmou.

Após o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmar nesta semana que a percepção do mercado sobre a situação fiscal não está se deteriorando, Campos Neto disse na entrevista que há uma percepção de analistas de piora nas contas públicas.

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Campos Neto e o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, também presente à coletiva, foram questionados ainda a respeito do cenário alternativo do BC, que leva em consideração uma Selic estável em 10,50% em todo o horizonte relevante. Neste cenário, a projeção de inflação em 2025 está em 3,1% -- já colada no centro da meta para o ano, de 3%.

No mercado, uma das interpretações é de que, pelo cenário alternativo, a inflação em 2026 já estaria no centro ou abaixo do centro da meta, o que abriria espaço, em algum momento de 2025, para que o BC volte a cortar a Selic.

Guillen evitou citar, em sua resposta, qual é a projeção no cenário alternativo para a inflação em 2026, mas durante sua fala afirmou que o BC está bem confortável com os números de seus cenários.

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