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    Alvo de boicote desde o início dos ataques de Israel a Gaza, Starbucks reduz projeção anual de vendas

    As vendas comparáveis para o ano todo, tanto globalmente quanto nos Estados Unidos, agora são esperadas para crescer entre 4% e 6%, abaixo da faixa anterior de 5% a 7%

    Starbucks (Foto: Reuters / Henry Nicholls)

    247 - Na última terça-feira (30), a Starbucks revisou para baixo suas projeções anuais de vendas, indicando que os boicotes relacionados ao que é percebido como apoio ao genocídio palestino promovido por Israel estão afetando significativamente seus resultados corporativos, segundo o Al-Monitor.

    Durante uma teleconferência pós-ganhos, a gigante do café, considerada a maior cadeia do mundo, alertou que a demanda enfraquecida em janeiro, juntamente com a lenta recuperação econômica na China, provavelmente terão impacto nos resultados financeiros do segundo trimestre. As vendas comparáveis para o ano todo, tanto globalmente quanto nos Estados Unidos, agora são esperadas para crescer entre 4% e 6%, abaixo da faixa anterior de 5% a 7%.

    O CEO da Starbucks, Laxman Narasimhan, revelou que a empresa enfrentou uma queda nas vendas no último trimestre no Oriente Médio, especialmente após os ataques de Israel a Gaza. Mas as consequências do conflito não ficaram confinadas a essa região; elas também afetaram diretamente o mercado interno da Starbucks nos Estados Unidos. Narasimhan destacou que "eventos no Oriente Médio também tiveram impacto nos Estados Unidos", observando que "clientes ocasionais nos Estados Unidos, que costumam nos visitar à tarde, passaram a vir com menos frequência".

    A Starbucks, juntamente com várias outras marcas com sede nos Estados Unidos e na Europa, tem sido alvo de boicotes por parte de consumidores estrangeiros desde o início do conflito em Gaza, em outubro passado, informa o Business Insider. A empresa de café agora enfrenta não apenas os desafios regionais decorrentes dos acontecimentos no Oriente Médio, mas também a perda de clientes nos Estados Unidos devido a "percepções equivocadas sobre nossa posição", conforme ressaltou Narasimhan.

    O impacto econômico desses boicotes e a redução nas projeções de vendas evidenciam a crescente interconexão entre eventos geopolíticos e as operações corporativas globais. A Starbucks, como uma das marcas mais reconhecidas e disseminadas internacionalmente, está agora enfrentando não apenas as consequências diretas dos conflitos, mas também os desafios decorrentes das percepções do público em relação à sua posição em questões sensíveis. 

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