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    Após aumento dos combustíveis, Aepet afirma que PPI acabou só na retórica

    "Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade", diz a Associação dos Engenheiros da Petrobrás

    Frentista abastece veículo com gasolina (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

    Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) - Desde maio, AEPET tem alertado para a farsa do fim do Preço Paritário de Importação (PPI). A Petrobrás anunciou nesta terça-feira um aumento de 16,27% no litro da gasolina e de 25,83% no litro do diesel. Os novos valores começam a ser cobrados pelas refinarias da empresa nesta quarta-feira (16). >>> Petrobrás anuncia aumento de 16,3% no preço da gasolina e de 25,8% no diesel

    A Petrobrás justificou o aumento devido “à consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, tornou-se necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a companhia”.

    Em 2 de julho, Felipe Coutinho, vice-presidente da AEPET, alertou que “O fim do Preço Paritário de Importação (PPI) é mais uma farsa”. E afirmou: “somente a Petrobrás consegue suprir o mercado doméstico de derivados com preços abaixo do paritário de importação e, ainda assim, obter resultados compatíveis com a indústria internacional e sustentar elevados investimentos que contribuem para o desenvolvimento nacional”.

    A elevação dos preços ocorre depois de importadores e porta vozes dos controladores de refinarias privatizadas protestarem que os preços estariam defasados em relação ao mercado internacional, após alta das cotações do petróleo.

    Imediatamente após o anúncio do aumento, as ações da Petrobrás tiveram acentuada alta nas Bolsas de São Paulo e Nova Iorque.

    O Bradesco BBI comemorou: “Boas notícias. Em uma base anualizada, isso representa aproximadamente um incremento de 7% no FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista, ou Free Cash Flow to Equity) , que poderia ser convertido em dividendos em grande parte”, aponta o Bradesco BBI.

    Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade.

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