Após "súplica" de Pacheco por queda nos juros, Campos Neto diz que 'timing técnico é diferente do político'
“O anseio pela queda de juros é político", afirmou o presidente do Banco Central, que compromete a retomada do crescimento econômico do Brasil com os juros mais altos do planeta
247 - Após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), "suplicar" ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por uma queda na taxa de juros do Brasil, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, o comandante do BC disse ver um "elemento político" nos pedidos pelo corte de juros.
“O Banco Central é um órgão técnico, que toma decisões baseadas em critérios técnicos. O timing técnico é diferente do timing político”, alegou Campos Neto, que compromete a retomada do crescimento econômico do Brasil com a maior taxa de juros real do planeta.
“O anseio pela queda de juros é político, mas nosso trabalho é técnico”, afirmou Campos Neto mais à frente durante fala no Lide Brazil Conference em Londres.
Pacheco discursou no mesmo evento, com Campos Neto na plateia, e pediu uma "redução imediata" na Selic: "continuo defendendo a autonomia do Banco Central, mas precisamos encontrar um caminho para a redução imediata da taxa de juros. Esse é o desejo da economia e do mercado. Nós não conseguiremos crescer o Brasil com a taxa de juros a 13,75%. Se há algo que nos une, neste momento, é a impressão, o desejo e a obstinação de reduzir a taxa de juros no Brasil. Eu gostaria de pedir muito. É uma súplica do Senado, meu caro presidente do Banco Central do Brasil".
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