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    Banqueiro da Faria Lima defende apoio a Lula e lembra valorização recorde da bolsa em seu governo

    Ex-presidente do Credit Suisse, Marcelo Kayath lamenta que alguns de seus pares prefiram a ditadura ao ex-presidente que promoveu alta recorde das ações

    Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: RICARDO STUCKERT)

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    247 – O financista Marcelo Kayath, que já presidiu o Credit Suisse e hoje comanda a QMS Capital, com mais de R$ 1 bilhão em ativos sob gestão, defende o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lamenta que alguns de seus pares prefiram uma ditadura ao ex-presidente que produziu um ciclo inédito de prosperidade na economia brasileira.

    “O mercado é impaciente com o processo político. Quem está acostumado a comprar e vender enquanto o mercado abre e fecha tende a achar que os problemas do Brasil também se resolvem num curto espaço de tempo”, disse ele à jornalista Maria Christina Fernandes, do Valor Econômico. "Muitos no mercado dizem que talvez seja necessário o Brasil passar por um regime de exceção; é um engano”, aponta Kayath.

    "É preciso separar o que se fala daquilo que se faz. O melhor presidente para o mercado de capitais e para a Bolsa foi Lula. Ele tirou a restrição do investimento estrangeiro em bolsa, que vinha do governo FH. FH fez uma reforma da Lei das S.A. para privatizar as estatais sem dividir prêmio com minoritário. Isso acabou com Lula. O mercado de capitais decolou. É verdade que Lula se beneficiou do ciclo de commodities, mas também há um ciclo hoje e o Brasil não tem se beneficiado. Lula não taxou IPOs, nem lucro financeiro, nem sobre o excesso de lucro dos bancos. Houve um IOF aqui e ali mas não houve nada do que vemos hoje na Petrobras de querer taxar lucro extraordinário", lembra ainda o banqueiro. "Em seu governo a Bolsa subiu mais de 500 pontos. Entre 1995 a 2002 subiu 160 pontos. Quem ficou comprado oito anos perdeu dinheiro porque era uma época de juros altos. Com o dólar foi uma lavada. O real ganhou valor com Lula e perdeu com FH, que só foi bom para quem comprou ação na privatização", acrescenta. "O governo Lula teve superávit fiscal primário em todos os anos do governo e foi amigável ao mercado de capitais. Como vou achar que esse cara vai sentar na cadeira e acelerar rumo ao muro?", finaliza.

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