Bloomberg já aposta que a agenda neoliberal de Paulo Guedes será sacrificada por Bolsonaro
Uma das maiores agências internacionais de notícias, alinhada ao chamado “mercado” aposta que a mudança na Petrobrás será mais profunda e poderá levar até ao abandono do programa de Paulo Guedes no Brasil
(Bloomberg) — A decisão de mudar o comando da Petrobras (PETR3; PETR4) é o sinal mais recente de que o presidente Jair Bolsonaro está disposto a sacrificar a agenda pró-mercado do ministro da Economia, Paulo Guedes, para segurar sua popularidade.
A decisão de Bolsonaro de indicar o general Joaquim Silva e Luna, atual diretor-geral de Itaipu Binacional, para substituir o economista formado pela Universidade de Chicago, Roberto Castello Branco, após divergências sobre aumentos nos preços de combustíveis, surpreendeu até seu núcleo político.
Não houve espaço para discutir a decisão, o que mostra um presidente cada vez mais impaciente com a incapacidade do governo de apaziguar sua base de apoio, incluindo caminhoneiros, que ameaçam fazer greve devido a reajustes nos preços do diesel, disseram duas fontes do governo familiarizadas com o pensamento do presidente.
Bolsonaro justificou sua decisão no sábado alegando que, embora não pretenda interferir na Petrobras, a gestão da petroleira mostrou “compromisso zero” com o Brasil. Sem entrar de detalhes, ele disse que está se preparando para substituir outras áreas de seu governo que podem não estar funcionando, incluindo o setor de energia. O Palácio do Planalto não ofereceu comentários adicionais quando procurado pela Bloomberg no domingo.
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