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    BNDES aprova R$ 363,8 mi para inovação e expansão do Grupo Hypera Pharma no setor farmacêutico

    Investimentos incluem planta-piloto, fábrica de medicamentos oncológicos e centro de P&D, voltados ao mercado institucional

    (Foto: Divulgação)

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    Agência BNDES de Notícias - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de aproximadamente R$ 363,8 milhões para que o Grupo Hypera Pharma implante, em sua subsidiária Brainfarma, planta-piloto, fábrica de medicamentos oncológicos e centro de pesquisa e desenvolvimento, além de planta pioneira para a produção de um Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importante para o setor farmacêutico nacional. O crédito, proveniente do programa BNDES Mais Inovação e da linha incentivada para inovação, corresponde a cerca de 88% do total a ser investido no projeto.

    Voltados ao mercado institucional, que atende hospitais, clínicas e unidades de saúde públicas e privadas, os laboratórios de P&D e a planta piloto de medicamentos biológicos devem inserir o grupo em mercados de maior valor e complexidade, avançando no domínio de tecnologias e terapias de ponta, contribuindo para o acesso a medicamentos no Brasil, atendendo a mercados privados e públicos (SUS) por meio de Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDPs) e Parcerias para o Desenvolvimento de Inovação Local (PDILs) junto a instituições públicas brasileiras.

    A estrutura de P&D e fabril em construção estará dotada de plataforma tecnológica flexível para a produção de peptídeos, DNAs e RNAs, possibilitando o desenvolvimento e a produção de medicamentos e vacinas para áreas terapêuticas que incluem oncologia e hematologia além de doenças infecciosas, metabólicas e relacionadas à idade, bem como de sistemas de entrega específicos para essas classes de moléculas, com alto grau de inovação para o tratamento de necessidades médicas não atendidas.

    Essa estrutura contará ainda com um centro de P&D que inclui laboratórios de desenvolvimento analítico e farmacotécnico com foco em desenvolvimento de medicamentos oncológicos sintéticos de última geração. O complexo também abrange uma planta fabril dedicada ao desenvolvimento e fabricação de medicamentos oncológicos sólidos orais.

    Atualmente, o grupo tem quase 100 moléculas em seu pipeline de inovação para esse segmento, com destaque para aproximadamente 40 moléculas voltadas para oncologia, que tem previsão de comercialização a partir de 2026, após a aprovação de produtos pela ANVISA, aumentando o acesso da população a esta linha de tratamento.

    Já a planta em Anápolis tem como objetivo internalizar a escopolamina, insumo farmacêutico ativo que entra na formulação de Buscopan, dentre outros medicamentos, em linha com o propósito da política industrial de adensar a cadeia farmacêutica com internalização de IFAs.

    Impactos – Após a implantação do projeto, está prevista a geração de mais de 500 novos empregos diretos qualificados, sendo quase 200 em Pesquisa e Desenvolvimento. A estimativa da empresa é que sejam criados indiretamente mais de 1,6 mil empregos indiretos após a conclusão dos projetos.

    "Temos um déficit enorme no setor farmacêutico e a pandemia deixou essa situação ainda mais evidente. Por isso, o BNDES está avançando em políticas públicas e no fomento ao setor. Este ano, batemos recorde de aprovações para a saúde, o que é essencial para a indústria contratar e desenvolver medicamentos, beneficiando a população e viabilizando um complexo industrial resiliente, capaz de reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso da população", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

    Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, a inovação é um pilar central da estratégia de neoindustrialização que estamos empreendendo com o Plano Mais Produção, braço de financiamento da nova política industrial. “As indústrias farmacêuticas têm demonstrado grande capacidade inovadora e, com o Programa Mais Inovação, o BNDES atingiu em 2024 marca recorde de apoio ao setor, contribuindo decisivamente com Nova Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial de Saúde, que leva em conta os principais desafios atuais do SUS”, disse.

    “Estamos investindo para reduzir a dependência do Brasil em relação à importação de medicamentos inovadores e de um IFA importante para o mercado nacional, facilitando o acesso da população brasileira a tratamentos de saúde”, comenta Breno Oliveira, CEO da Hypera Pharma. “Também fortalecemos nossa capacidade de inovação, criando novas vagas para profissionais qualificados que nos levarão a novas fronteiras em pesquisa e desenvolvimento de produtos farmacêuticos”, completa.

    Apoio ao setor – Desde janeiro de 2023 até outubro de 2024, as aprovações de crédito do BNDES para o complexo industrial da saúde somaram R$ 5,2 bilhões, valor recorde da série histórica, iniciada em 1995, e igual à soma de todo o período 2018-22. De janeiro a outubro deste ano, as aprovações para o complexo somaram R$ 3,2 bilhões, montante que excede em 60% o total apurado em 2023.

    Somente no segmento da indústria farmacêutica, o total aprovado nos primeiros sete meses de 2024 já alcançou R$ 2,1 bilhões, valor 33% superior ao registrado em todo o ano de 2023 (R$ 1,51 bilhão).

    Com o apoio do Banco, as indústrias estão desenvolvendo novos medicamentos, associações farmacêuticas (que facilitam a absorção e a administração) e vacinas, montando centros de pesquisa e desenvolvimento e adquirindo máquinas e equipamentos.

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