Bolsonaro, que aprofundou desmonte da Petrobrás, agora defende fim da dolarização do petróleo
Bolsonaro chegou ao poder prometendo privatizar a Petrobrás e promoveu o desmonte da estatal, vendendo fatias importantes da cadeia produtiva brasileira
247 - Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (7), à rádio Folha, de Roraima, que a política de preços da Petrobrás, que vincula os custos dos combustíveis no Brasil à cotação internacional, deve ser alterada.
"Tem uma legislação errada feita lá atrás, que você tem a paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado", disse.
A declaração sinaliza uma virada no discurso do chefe do governo, que desde o início de seu mandato defendeu a privatização da Petrobrás e promoveu o desmonte da estatal, vendendo partes importantes da cadeia produtiva de combustíveis no país, deixando o Brasil refém do exterior.
Agora, Bolsonaro afirma que uma "solução" será buscada de forma "bastante responsável" para conter a elevação dos preços dos combustíveis, que devem subir ainda mais diante da guerra entre Rússia e Ucrânia. "Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui e o preço lá de fora. Esse é o grande problema, nós vamos buscar solução para isso de forma bastante responsável".
Bolsonaro, com a mudança de posicionamento, adota a linha defendida pelo PT e pelo ex-presidente Lula (PT), que por diversas vezes já declarou que caso volte à Presidência, revisará o modelo de preços da Petrobrás. Segundo ele, o sistema atual favorece acionistas estrangeiros da estatal em detrimento dos próprios brasileiros.
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