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    Bradesco e Santander também vão à guerra na Justiça contra a Americanas após ação do Safra

    Bancos entendem que grave situação da varejista é consequência de fraude nos balanços e, por isso, não se justifica o pedido de recuperação judicial

    Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Reuters | Reprodução)

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    247 - Após o Banco Safra entrar com uma ação no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) pedindo a suspensão da recuperação judicial da Americanas, o Bradesco e o Santander também entraram na guerra jurídica contra a gigante do varejo controlada pelos bilionários Beto Sicupira, Marcel Telles e Jorge Paulo Lemann.

    >>> Bancos declaram guerra a Lemann, Telles e Sicupira após rombo na Americanas: "é fraude, é crime, não tem discussão"

    De acordo com a Folha de S. Paulo, o Santander entrou, nesta terça-feira (24), com agravo de instrumento pedindo um efeito suspensivo contra a recuperação judicial da Americanas. O banco entende que a grave situação da varejista é consequência de uma fraude nos balanços e, por isso, não se justifica o pedido de RJ.

    O Bradesco, por sua vez, também pretendia impetrar um recurso no TJ-RJ solicitando efeito suspensivo, mas recuou pois sua equipe jurídica avaliou que as chances de sucesso desta estratégia seriam baixas, segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo. Um diretor do banco, no entanto, ressaltou ao colunista que o Bradesco processará a Americanas no Brasil e no exterior "com uma ação mais agressiva".

    Para contar os bastidores da fraude, a TV 247 produzirá um documentário a respeito do caso, que pode ser apoiado neste link.

    O projeto

    No início de 2023, os brasileiros foram surpreendidos pela maior fraude contábil da história do Brasil: a maquiagem contábil de R$ 20 bilhões nos balanços das Americanas, empresa varejista controlada por Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, três dos homens mais ricos do País.

    A fraude foi surpreendente porque atingiu em cheio três personagens cultuados pelo jornalismo econômico como "heróis" do capitalismo brasileiro, que são também controladores da Ambev e atuaram no processo de privatização da Eletrobrás, realizado na calada da noite. Inexplicavelmente, a fraude também não foi captada pelos auditores da PwC, uma das maiores empresas de auditoria do mundo.

    O escândalo culminou com um calote bilionário nos credores, que terá como consequência maiores restrições no mercado de crédito privado, com repercussões negativas no crescimento econômico. Além disso, os funcionários perderam seus empregos, dezenas de milhares de investidores viram seus recursos virarem pó e mais de mil fundos de investimento, até mesmo de renda fixa, foram negativamente afetados.

    Para completar a catástrofe, os controladores se negaram a capitalizar a empresa, mesmo depois de terem recebido, durante vários anos, dividendos sobre lucros forjados. Além de fraude aos credores, o caso também tem indícios de fraude tributária. E os donos da empresa, que são os principais propagadores da tese da "meritocracia", com forte influência na agenda pública, ostentam um estilo de vida luxuoso, com bens como iates, helicópteros e jatinhos de altíssimo luxo.

    Para realizar este projeto, a TV 247, que tem hoje praticamente 1,2 milhões de inscritos em seu canal e um histórico de diversos documentários bem-sucedidos, irá entrevistar investidores, funcionários, fornecedores das Americanas, assim como autoridades incumbidadas de regular e fiscalizar o mercado de capitais. Entre os profissionais da TV 247, estão nomes consagrados do jornalismo profissional brasileiro, como Leonardo Attuch, Florestan Fernandes Júnior, Luís Costa Pinto, Helena Chagas, Tereza Cruvinel, Joaquim de Carvalho, Hildegard Angel e Mario Vitor Santos.

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