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    Brasil pode perder R$ 3,7 trilhões até 2055 se não explorar novos campos de petróleo, alerta estudo

    Segundo levantamento da Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a exploração de petróleo poderia bancar praticamente sozinha o Bolsa Família

    Margem Equatorial (Foto: Reprodução)

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    247 - Um estudo divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, revela que o Brasil poderá ter um prejuízo financeiro colossal caso não aproveite os novos campos de petróleo disponíveis. Segundo a pesquisa, o país poderá deixar de arrecadar até R$ 3,7 trilhões até o ano de 2055, o que representaria cerca de R$ 155 bilhões por ano. Esse montante é quase equivalente ao orçamento destinado ao Bolsa Família, que totaliza R$ 168 bilhões.

    De acordo com os especialistas envolvidos na pesquisa, a não exploração de novos campos de petróleo, incluindo aqueles localizados na Margem Equatorial, resultaria em um declínio significativo nos royalties e participações especiais destinados aos cofres públicos a partir de 2032, relata a Folha de S. Paulo. Estima-se que, entre 2032 e 2055, o Brasil poderia perder cerca de R$ 2,9 trilhões somente nessa rubrica, o que representa uma média anual de R$ 121 bilhões.

    Além das perdas nos royalties, o estudo também aponta uma redução na arrecadação de tributos diretos e indiretos, como IRPJ, CSLL e PIS/Cofins, estimada em R$ 824 bilhões no mesmo período, ou seja, uma média de R$ 34 bilhões por ano. Outro aspecto preocupante levantado pelo documento é a possibilidade de uma importação líquida de petróleo no valor de R$ 2,1 bilhões, entre 2024 e 2055, o que teria impactos negativos na balança comercial do país.

    Apesar das preocupações econômicas, a EPE ressalta que o estudo serve apenas como uma fonte informativa para subsidiar o planejamento do setor energético nacional. Um ponto destacado pela estatal é que, mesmo com a redução da produção de petróleo, as emissões nacionais de gases de efeito estufa não sofreriam uma diminuição drástica, uma vez que o consumo interno de derivados continuaria a existir e a demanda nacional por esses produtos tende a crescer até 2050.

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