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    Brasil quer liderar agenda global de biocombustíveis

    A transição energética figura como uma das prioridades do governo Lula, que participa ativamente da Aliança junto com Índia e Estados Unidos

    Os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.), e da Petrobrás, Jean Paul Prates, em anúncio de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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    247 – Durante a presidência do G20, o Brasil está intensificando as discussões sobre biocombustíveis entre os países membros, com o objetivo de expandir os mercados através da Aliança Global de Biocombustíveis, aponta reportagem do Valor. A transição energética figura como uma das prioridades do governo Lula, que participa ativamente da Aliança junto com Índia e Estados Unidos. Esta iniciativa foi lançada durante a última cúpula do G20, realizada em Nova Delhi.

    O Brasil vê o G20 como uma plataforma estratégica para abordar questões técnicas e científicas relacionadas aos biocombustíveis. Durante um seminário no Rio de Janeiro, o secretário de clima, energia e meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores, André Corrêa do Lago, destacou a importância dessas discussões e sua relevância para a próxima Conferência das Partes (COP 30), prevista para ocorrer em 2025, no Pará.

    O evento reuniu autoridades, pesquisadores, representantes da Petrobras e do BNDES, que debateram as oportunidades e desafios do setor. A Aliança Global de Biocombustíveis, composta por 19 países e 15 organizações internacionais, está em um processo de definição interna sobre suas instâncias decisórias. A chefe da divisão de energias renováveis do Ministério das Relações Exteriores, Laís Garcia, enfatizou a importância da participação da indústria e a necessidade de estabelecer regras comuns para o desenvolvimento de um mercado global de biocombustíveis sustentável.

    Além disso, a demanda por biocombustíveis é projetada para aumentar nas próximas décadas, especialmente nos setores marítimo e de aviação, devido às metas de descarbonização. A Petrobras já se adianta ao planejar investimentos de US$ 1,5 bilhão em negócios de biorefino até 2028, alinhados com as metas de redução do uso de combustíveis fósseis nas frotas de navios e aviões.

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