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Calamidade no Rio Grande do Sul deve afetar PIB, diz secretaria do Ministério da Fazenda: "restam incertezas"

Segundo a Secretaria de Política Econômica, medidas de socorro ao RS devem “mitigar os impactos negativos desse episódio, mas seus efeitos devem se diluir nos próximos trimestres"

Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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Por Fábio Matos, Infomoney - Apesar do bom resultado da economia brasileira no primeiro trimestre de 2024, com alta de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao quarto trimestre de 2023, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda adotou um tom de cautela em sua nota informativa divulgada na manhã desta terça-feira (4).

De acordo com a secretaria, apesar da retomada da economia do país entre janeiro e março deste ano, a tendência é a de que a tragédia climática no Rio Grande do Sul traga consequências negativas que impactem o resultado do PIB a partir do segundo trimestre.

“A agropecuária e a indústria de transformação devem ser atividades especialmente afetadas, uma vez que são proporcionalmente mais importantes no PIB do estado que no PIB nacional”, diz a nota da SPE.

“Atividades como transportes e outras atividades de serviços também devem ser impactadas pela calamidade, repercutindo a piora da mobilidade e as restrições no provimento de serviços pessoais, de alimentação e de alojamentos”, afirma o Ministério da Fazenda.

Ainda de acordo com a pasta, as medidas de socorro ao Rio Grande do Sul anunciadas pelo governo nas últimas semanas, como auxílio fiscal e de crédito, devem “mitigar os impactos negativos desse episódio, mas seus efeitos devem se diluir ao longo deste e dos próximos trimestres.”

“Apesar da recuperação observada na margem para o PIB do 1T24, a expectativa é desaceleração no ritmo de crescimento no próximo trimestre, repercutindo a calamidade no Rio Grande do Sul”, afirma a pasta. “Dessa maneira, mesmo com o resultado positivo e similar ao projetado pela SPE no 1T24, restam incertezas a respeito da estimativa de crescimento para 2024.”

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