Calote de Lemann, Telles e Sicupira na Americanas deve travar concessão de crédito na economia
Paradoxalmente, o maior risco à economia não foi o governo Lula, mas sim o calote dos bilionários
247 – Enquanto setores do mercado financeiro apregoavam um 'risco Lula' na economia, o que pode travar o mercado de crédito e a retomada econômica é o calote protagonizado pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, que esconderam durante anos uma fraude contábil de R$ 20 bilhões nos balanços das Lojas Americanas.
"O 'fator Americanas' pode obrigar os bancos a reservar em balanço pelo menos R$ 7 bilhões para cobrir o eventual risco de calote da varejista. De acordo com executivos do mercado financeiro, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil são, pela ordem, as instituições com os maiores volumes de empréstimos concedidos à companhia. O valor que cada banco emprestou varia, mas vai de cerca de R$ 5 bilhões, no caso do Bradesco, a R$ 1,3 bilhão, no do BB", aponta reportagem de Matheus Piovesana, no Estado de S. Paulo.
"As instituições não informam os valores por respeito ao sigilo bancário. Pela legislação em vigor, elas são obrigadas a reservar uma parte do dinheiro para cobrir o risco de devedores duvidosos, o chamado provisionamento. No caso da Americanas, o valor final vai depender de fatores como se os sócios de referência – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira – vão injetar recursos novos na companhia ou se a Americanas vai pedir recuperação judicial. A crise na varejista se arrasta desde a semana passada, depois que veio a público a existência de uma 'inconsistência contábil' de R$ 20 bilhões", acrescenta o jornalista.
Os bilionários, que estão entre os homens mais ricos do Brasil, já deixaram claro que não pretendem colocar a mão no bolso para capitalizar a empresa.
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