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Campos Neto diz esperar que seu sucessor não seja julgado por escolhas políticas

Presidente do Banco Central também afirmou que mantém bom diálogo com Gabriel Galípolo, seu provável sucessor

Roberto Campos Neto (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

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247 – Em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou seu desejo de que o próximo presidente da instituição seja avaliado pelas decisões técnicas e não por suas escolhas políticas ou pessoais. Durante o diálogo, Campos Neto abordou diversos temas, desde a política monetária até a dinâmica interna do Banco Central.

O presidente do BC esclareceu que não existem conflitos internos no momento e comentou sobre a especulação de mercado a respeito de um possível aumento de juros. Ele explicou que o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por não antecipar suas decisões para a próxima reunião, apesar das melhorias observadas no cenário internacional e das pressões por uma alta nas taxas de juros.

Além disso, Campos Neto discutiu a quase intervenção do Banco Central no mercado de câmbio durante um período de alta volatilidade. Ele detalhou que, após análises, optou-se por não realizar a intervenção, uma decisão que foi posteriormente validada pela estabilização das taxas de câmbio e de juros. O presidente destacou a importância da estabilidade e da cautela em períodos de incerteza econômica.

O tema da sucessão também foi abordado na entrevista. Campos Neto manifestou seu compromisso com uma transição suave e reforçou seu desejo de que o próximo presidente, que provavelmente será o economista Gabriel Galípolo, com quem ele mantém bom diálogo, não seja julgado por aspectos externos à sua gestão técnica. Ele refletiu sobre a transição de governo e a necessidade de manter a institucionalidade do Banco Central independente das mudanças políticas.

Campos Neto também falou sobre sua relação com outros economistas e funcionários do governo, destacando que, apesar das diferenças, é possível manter uma discussão técnica e produtiva. Ele sublinhou a importância da autonomia do Banco Central em suas operações, crucial para a manutenção da estabilidade econômica e financeira do país.

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