Campos Neto nega responsabilidade por alta dos juros e cita a inflação
"Difícil ter bem-estar social com inflação descontrolada", afirmou o presidente do Banco Central. O dirigente é pressionado por políticos e por organizações da sociedade civil
247 - Pressionado pelas críticas à taxa básica de juros (Selic) de 13,75% atualmente, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição "não gosta de juros altos".
"O Banco Central não gosta de juros altos. A nossa agenda toda é social. A gente acredita que é possível fazer fiscal junto com bem-estar social, mas é difícil ter bem-estar social com inflação descontrolada. Inflação é imposto que afeta muito classe mais baixa", disse o economista no programa "Roda Viva", da TV Cultura.
Uma das formas de o governo baixar a inflação é aumentando os juros. Após a alta da taxa Selic, as pessoas ficam com menos dinheiro para gastar e, em consequência, os preços dos produtos diminuem ou param de subir.
O presidente do BC negou ser influenciado politicamente. "Ao longo de quatro anos, você acaba desenvolvendo proximidade com algumas pessoas. Você precisa diferenciar proximidade com independência de atuação", acrescentou.
Até 11 de janeiro de 2023, Campos Neto fazia parte de um grupo de WhatsApp intitulado "Ministros Bolsonaro". Em entrevista ao 247, nesta segunda, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que o dirigente do BC é um "infiltrado bolsonarista" na instituição bancária.
Em 6 de janeiro, o presidente Lula disse que a política de juros atual é uma "vergonha".
Nesta terça-feira (14), parlamentares e representantes de movimentos populares farão protestos contra o percentual de juros no Brasil.
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