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    Com Bolsonaro e Covid, desemprego tem alta de 27% em quatro meses e atinge quase 13 milhões

    De acordo com dados divulgados pelo IBGE, o Brasil encerrou agosto com cerca de 12,9 milhões de desempregados, 2,9 milhões a mais que o registrado no começo de maio, um aumento de 27,6% no período. Com uma agenda baseada em corte de direitos e investimentos, além da pandemia, o ultraneoliberalismo de Jair Bolsonaro faz do Brasil uma "terra arrasada"

    Jair Bolsonaro, carteira de trabalho e doentes por Covid-19 (Foto: Carolina Antunes/PR | Reuters)
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    247 - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (23) dados apontando que o Brasil encerrou agosto com cerca de 12,9 milhões de desempregados, 2,9 milhões a mais que o registrado no começo de maio, um aumento de 27,6% no período.

    A população ocupada no mercado de trabalho foi estimada em 84,4 milhões de pessoas, o que represente uma baixa de 2,7% na comparação com maio. 

    A taxa de desocupação ficou em 13,6%. Os maiores índices de pessoas desocupadas foram observados no Nordeste (15,7%), no Norte (14,2%) e no Sudeste (14,0%). O Centro-Oeste (12,2%) e o Sul (10,0%) tiveram taxa inferior à média nacional.

    A Região Sul foi a única a apresentar queda da população desocupada na passagem de julho para agosto.

    Os números são preocupantes, especialmente, em contexto de uma pandemia que já matou 138 mil pessoas no Brasil, o segundo País no ranking global de mortes por Covid-19. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com 205 mil óbitos. 

    Em discurso virtual na Assembleia Geral das Nações Unidas, nessa terça-feira (22), Bolsonaro voltou a fazer lobby pela reabertura da economia, mesmo com o País ainda sem testagem em massa e ocupando o terceiro lugar no mundo em número de infectados (4,5 milhões), atrás dos EUA (7 milhões) e da Índia (5,6 milhões). 

    "Alertei em meu país que tínhamos dois problemas: vírus e emprego. Ambos devem ser tratados simultaneamente", disse Bolsonaro, que, mesmo antes da pandemia, demonstrava não conseguir a retomada do crescimento. Em 2019, o PIB nacional cresceu apenas 1%. 

    Os dados do fluxo cambial mostram a saída de US$ 15,2 bilhões nos primeiros oito meses de 2020, no pior resultado desde 1982, quando estes dados começaram a ser medidos

    O fato é que governo ainda não deixou claro como pretende alavancar a economia com uma agenda baseada no entreguismo, no corte de gastos e investimentos.

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