Com fracasso econômico de Guedes e Bolsonaro, número de famílias endividadas sobe e é o maior em 3 anos
Política recessiva do governo Jair Bolsonaro e estagnação da economia fez com que o número de famílias endividadas alcançasse o maior patamar em três anos, segundo dados do BC. Taxa de endividamento em relação à renda acumulada em 12 meses chegou a 44,04%, maior nível desde abril de 2016 (44,2%). Segundo pesquisa da CNC, 64,1% das famílias brasileiras estavam endividadas em julho, maior percentual desde maio de 2013 (64,3%)
247 - A política recessiva adotada pelo governo Jair Bolsonaro fez com que o número de famílias endividadas alcançasse o maior patamar em três anos, segundo dados do Banco Central. De acordo com o levantamento, a taxa de endividamento em relação à renda acumulada em 12 meses chegou a 44,04%, maior nível desde abril de 2016 (44,2%). Uma outra pesquisa, feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), aponta que 64,1% das famílias brasileiras estavam endividadas em julho, maior percentual desde maio de 2013 (64,3%).
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, em maio de 2018 taxa de endividamento chegou a 41,9%. Em abril de 2015, ápice da crise, este índice, que inclui o financiamento habitacional, chegou a 46,8%. Apesar do nível de endividamento crescente, a relação entre renda e inadimplência estão situados em patamares considerados estáveis pelo mercado.
De acordo com os dados do BC, o comprometimento da renda usada para o pagamento de dívidas, incluindo as ligadas aos financiamentos imobiliários, estão em torno de 20% há quase dois anos. Já a inadimplência das pessoas físicas, tem variado 4,7% e 4,8%, depois ter passado boa parte de 2018 acima de 5%. Segundo a CNC, o comprometimento das famílias tem oscilado entre 29,5% e 29,9%.
De acordo com analistas, a precarização do mercado de trabalho, com o aumento da informalidade, juros elevados e o alto custo do spread bancário também contribuem para o aumento do endividamento das famílias brasileiras.
"Um quinto das famílias já destina mais de 50% da renda para o pagamento de dívidas. É preciso mais emprego, mais renda, mais atividade para sustentar esse aumento no crédito, caso contrário poderemos ver um crescimento da inadimplência”, disse a economista da CNC Marianne Henson, à reportagem.
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