Comercial diz que Temer resolveu problemas, criou empregos e restaurou confiança, acreditem…
"Qualquer pessoa que não tenha a mente obnubilada pelo ódio sabe que nem se resolveram graves problemas, nem se criaram empregos – que segue crescendo e é recorde – e que a confiança é justamente o que falta a este governo, desde a rejeição-monstro que tem nas pesquisas abertas quanto, até, os níveis decadentes dos indicadores de expectativas empresariais", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Ainda não vi os comerciais de televisão que o Governo Temer está exibindo a partir de hoje na televisão, na porção Haager Dazs da distribuição de verbas publicitárias que cabe à mídia eletrônica, mas a Folha antecipa que se trata de mais um espetáculo de cinismo:
Na inserção de meio minuto, o governo federal ressalta que tem tomado medidas que resolvem “graves problemas”, “criando empregos” e “devolvendo a confiança” ao país.
Qualquer pessoa que não tenha a mente obnubilada pelo ódio sabe que nem se resolveram graves problemas, nem se criaram empregos – que segue crescendo e é recorde – e que a confiança é justamente o que falta a este governo, desde a rejeição-monstro que tem nas pesquisas abertas quanto, até, os níveis decadentes dos indicadores de expectativas empresariais.
Se é esta a natureza das peças publicitárias, aliás, além de inócuas deveriam ser consideradas ilegais, por terrem nítido caráter promocional de uma administração e não de divulgação de programas institucionais. Mas a Justiça, agora, é “amiguinha”, então pode.
Se o convencimento da opinião pública não pode ser o alvo, com algo assim tão inverossímil, outro alvo é atingido em cheio.
Com a segunda campanha em dois meses – a outra foi aquela do “vamos tirar o Brasil do vermelho”, lembram-se? – 2017 já começa com o aperitivo do que será o despejo de massas imensas de recursos na mídia para embalar a reforma trabalhista e a da previdência. Não se admire se logo você olhar belos rapazes e lindas modelos louvando as virtudes de trabalhar até os 70, 75 anos de idade, com os 49 anos de contribuição exigidos, dizendo que “é vida, é saúde, é participação”.
Pagando bem, que mal tem, não é?
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