Consumo nos lares brasileiros cresce 7% em novembro, aponta ABRAS
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, a Cesta de Natal registra queda de 7% nos preços com descontos de véspera
247 - O consumo nos lares brasileiros registrou aumento de 7% em novembro em relação a outubro, acumulando alta de 2,85% no ano, de acordo com monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Na comparação com novembro de 2023, o crescimento foi de 4,40%. Todos os indicadores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e consideram todos os formatos de supermercados.
Segundo a ABRAS, as promoções realizadas durante a semana da Black Friday tiveram papel determinante no aumento do consumo em novembro. "O pagamento do 13º salário não apenas impulsionou as compras no último fim de semana do mês, como também motivou os consumidores a aproveitarem as ofertas de itens da cesta de Natal nos supermercados", avaliou Márcio Milan, vice-presidente da entidade.
Durante a Black Friday de 2024, o consumo teve um salto de 27,3% em relação à edição de 2023. Entre os itens mais procurados destacaram-se artigos natalinos, bebidas (como sidras, pisco, whisky, champanhe e gin), panetones, carnes típicas de Natal e frutas em calda.
Recursos extras aquecem o consumo
Além do 13º salário, outros recursos injetados na economia também contribuíram para o aquecimento do consumo, como:
- Bolsa Família, com um total estimado de R$ 14,11 bilhões.
- 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, totalizando R$ 1,3 bilhão.
- Segundo lote residual do IRPF 2024, no valor de R$ 559 milhões.
- Pagamentos de Requisições de Pequeno Valor (RPVs), somando R$ 2,6 bilhões.
- Disponibilidade de R$ 228,6 milhões em abono salarial do PIS/Pasep.
Descontos reduzem preço da cesta de Natal
A intensificação das promoções na véspera do Natal levou a uma queda de quase 7% nos preços da cesta natalina na média nacional. Produtos como aves natalinas, panetones e sidras apresentaram as maiores reduções, com o valor médio da cesta passando de R$ 345,83 para R$ 320,76 – uma economia de R$ 25,07.
A região Sul liderou a queda de preços (-11%), seguida do Centro-Oeste (-9,75%), Nordeste (-9%) e Sudeste (-7,5%). No Norte, entretanto, houve alta de 1,5%, devido a questões logísticas que pressionaram os custos, especialmente de aves e azeite.
A pesquisa da ABRAS incluiu produtos como aves natalinas, azeite, caixas de bombons, espumantes, lombos, panetones, pernis, perus, sidras e tender, abrangendo marcas próprias, regionais e tradicionais.
O aumento no consumo também foi impulsionado pela inclusão de 200 mil novos domicílios no Bolsa Família, totalizando 20,81 milhões de lares beneficiados e um valor médio de R$ 678,36. O programa, que beneficiará 54,37 milhões de pessoas, será pago entre 10 e 23 de dezembro. Além disso, o Auxílio-Gás, no montante de R$ 570,6 milhões, e a segunda parcela do 13º salário também devem aquecer as compras natalinas.
AbrasMercado: alta nos preços da cesta básica
O índice AbrasMercado, que mede os preços de uma cesta com 35 produtos de largo consumo, registrou alta de 3,02% em novembro, passando de R$ 757,49 para R$ 780,36 na média nacional. No acumulado do ano, a cesta teve variação de 8%, enquanto em 12 meses, a alta é de 9,46%.
As carnes puxaram o aumento pelo terceiro mês consecutivo, com altas de 8,87% nos cortes dianteiros, 7,83% nos traseiros, 6,67% no pernil e 2,50% no frango congelado. Por outro lado, os ovos tiveram queda de 1,23% nos preços.
Outros itens com maior variação de preços foram óleo de soja (+11%), café torrado e moído (+2,33%) e batata (+2,18%). Entre as quedas, destacaram-se cebola (-6,26%), leite longa vida (-1,72%) e feijão (-0,51%).
Por região, o Norte apresentou a maior alta (+3,94%), seguido pelo Centro-Oeste (+3,30%), Sudeste (+2,98%), Nordeste (+2,45%) e Sul (+2,18%).
Cesta básica sobe 2,97%
A cesta de alimentos básicos, composta por 12 itens, teve alta de 2,97% em novembro, passando de R$ 329,07 para R$ 338,85 na média nacional. Em 12 meses, os preços dessa cesta subiram 13,74%.
Os produtos que mais subiram foram óleo de soja (+11%), carne bovina – corte do dianteiro (+8,87%) e café torrado e moído (+2,33%). Já as quedas foram lideradas por leite longa vida (-1,72%) e feijão (-0,51%).
Na análise regional, o Norte liderou as altas (+5,10%), enquanto as demais regiões também registraram aumentos significativos: Sudeste (+3,41%), Centro-Oeste (+3,27%), Nordeste (+2,95%) e Sul (+1,71%).
Entre as capitais e regiões metropolitanas, os maiores valores para a cesta foram registrados em Belém (R$ 415,85) e Rio Branco (R$ 406,83), enquanto os menores ficaram em Recife (R$ 289,15) e Salvador (R$ 293,63).
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