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“Desespero, estratégia eleitoreira”, diz economista da FGV sobre atrasar precatórios para bancar Bolsa Família

Para Nélson Marconi, professor da Fundação Getúlio Vargas, a estratégia do governo Bolsonaro "mostra que eles estão desesperados para burlar o teto que eles mesmos inventaram”

(Foto: ABr)

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Por Paulo Henrique Arantes, para o 247 - Calote ou pedalada. E mais que isso: desespero. Assim está sendo vista a intenção do governo de adiar e parcelar o pagamento de suas dívidas precatórias com empresas e pessoas físicas que vencem em 2022. Os recursos não gastos com precatórios seriam usados, entre outras coisas, para bancar um valor mais alto de remuneração do Bolsa Família, de 300 reais. Para tanto, é preciso mudar a Constituição.

“A ideia mostra o desespero do governo para tentar montar um programa social tendo à frente o teto de gastos. Além de ser uma estratégia meramente eleitoreira - pois se fosse para se preocupar com esse tema, que é essencial, deveria ter sido feito no início do governo - mostra que eles estão desesperados para burlar o teto que eles mesmos inventaram”, afirma o economia Nélson Marconi, professor da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o parcelamento de parte dos precatórios em até 10 anos, a ser obtido via Proposta de Emenda Constitucional, não constitui calote. “Devo, não nego; pagarei assim que puder”, afirmou nesta terça-feira (3), como se negociasse fiado com o dono do boteco.

Para alcançar o valor de 300 reais, o Bolsa Família consumiria integralmente a folga hoje estimada pela Economia sem furar o teto de gastos, algo em torno de 30 bilhões de reais.

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