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    Diretor do BNDES rebate críticas de Elena Landau e defende papel do banco no crescimento da indústria

    José Luis Gordon aponta resultados financeiros e impacto da atuação do banco como resposta à avaliação da economista

    Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon. (Foto: Keiny Andrade/BNDES/Divulgação )
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    247 - Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, respondeu às críticas feitas pela economista Elena Landau sobre a atuação do banco de fomento. Landau, que foi diretora de Desestatização no governo Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o Brasil enfrenta uma crise de credibilidade, citando o aumento de instrumentos parafiscais, gastos financeiros e o papel do BNDES como fatores de preocupação.

    Gordon classificou as declarações de Landau como "inexplicáveis" e destacou os resultados alcançados pelo banco sob a atual gestão. "No último balanço divulgado, o BNDES apresentou o terceiro melhor resultado do sistema financeiro com um lucro líquido recorrente de R$ 9,8 bilhões e um índice de inadimplência de 0,001%, o menor do sistema financeiro do país", afirmou.

    Contribuição ao Tesouro e liderança da indústria

    Além dos números financeiros, Gordon destacou a relevância do BNDES para o esforço fiscal do governo federal em 2024. "O banco contribuiu com mais de R$ 25 bilhões para o Tesouro Nacional, sendo mais de 80% do crédito disponibilizado sem subsídio ou incentivo", explicou.

    O diretor também mencionou o papel do banco no fomento à indústria brasileira, especialmente por meio da Nova Indústria Brasil (NIB), iniciativa lançada recentemente para impulsionar a reindustrialização. "Pela primeira vez em anos, graças ao BNDES e à NIB, a indústria voltou a liderar o crescimento", declarou.

    Ao responder às declarações de Landau, Gordon enfatizou a necessidade de análises baseadas em fatos e não em perspectivas que ele considera ultrapassadas. "Por tudo isso, uma análise intelectualmente honesta sobre o papel do novo BNDES na indução do desenvolvimento do Brasil deveria se basear em fatos, não em fundamentos liberais anacrônicos e inconsistentes", concluiu.

    Contexto e desafios

    As críticas de Elena Landau refletem um debate que ganha força no Brasil sobre o papel do BNDES na economia. Enquanto economistas de vertente liberal questionam a atuação estatal em setores produtivos, a atual gestão do banco defende sua importância como indutor do desenvolvimento econômico e social, especialmente no contexto de desafios como a descarbonização, inovação tecnológica e redução das desigualdades regionais.

    Os números apresentados por Gordon reforçam o posicionamento da instituição em um momento de esforços para fortalecer a indústria nacional. Ainda assim, o debate sobre o equilíbrio entre intervenção estatal e mercado continua sendo central para o futuro da política econômica do país.

    O BNDES, que historicamente desempenhou papel decisivo no financiamento de grandes projetos no Brasil, busca consolidar sua relevância com foco em áreas estratégicas, como transição energética, sustentabilidade e inovação tecnológica. A defesa de Gordon sinaliza não apenas a resposta às críticas, mas também o alinhamento do banco com as prioridades do governo e da economia nacional.

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