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    Dólar fecha em baixa ante o real

    A cotação da moeda norte-americana refletiu estímulos econômicos da China e novos dados de inflação nos EUA

    Reservas em dólares aumentaram (Foto: Kim Hong Ji - Reuters)

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    Por Fabricio de Castro

    SÃO PAULO (Reuters) - Numa sessão com oscilações estreitas e liquidez reduzida, o dólar fechou a sexta-feira em leve baixa ante o real, em sintonia com a queda da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior, refletindo estímulos econômicos da China e novos dados de inflação nos EUA.

    O dólar à vista fechou em baixa de 0,16%, cotado a 5,4363 reais, encerrando a semana com queda acumulada de 1,53%.

    Às 17h11, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,11%, a 5,4360 reais na venda.

    Como em dias anteriores, a sessão começou com investidores reagindo a novos estímulos econômicos vindos da China. O banco central do país reduziu a taxa de compulsório dos bancos e injetou liquidez no sistema bancário, em mais uma ação em que Pequim busca atingir a meta de crescimento de cerca de 5% para 2024.

    Além disso, há expectativa de que mais medidas fiscais sejam anunciadas antes do feriado de uma semana a partir de 1º de outubro.

    Durante a semana, outros estímulos da China já haviam favorecido moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil, em detrimento do dólar.

    Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,4278 reais (-0,32%) às 9h01, logo após a abertura no Brasil.

    Ainda na primeira hora de negócios a divisa saltou para o campo positivo, marcando a máxima de 5,4592 reais (+0,26%) às 9h56. Durante a sessão, a moeda voltou a sustentar leves baixas, acompanhando o recuo visto no exterior, após a divulgação de novos dados de inflação nos EUA.

    O índice de preços PCE, a medida de inflação preferida do Fed, subiu 0,1% em agosto, ante alta não revisada de 0,2% em julho e expectativa de 0,1%. Nos 12 meses até agosto, o índice de preços PCE avançou 2,2%, após um aumento de 2,5% em julho.

    “O PCE veio na expectativa, o que mostra que a tese de que a economia dos EUA está caminhando para um pouso suave se mantém”, comentou Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval.

    Uma das leituras no mercado foi de que o PCE reforçou as chances do Federal Reserve promover novo corte de 50 pontos-base de sua taxa de juros em novembro, e não apenas de 25 pontos-base.

    Às 17h19, o índice do dólar - que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas - caía 0,18%, a 100,420.

    Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.

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