'É hora do Tesouro desmamar do BNDES', diz Mercadante no Fórum Esfera

247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, abordou as questões centrais do panorama econômico e político do Brasil durante sua participação no fórum Esfera, realizado nesta sexta-feira (25), no Guarujá (SP). 

Segundo Mercadante, a democracia brasileira emerge como vitoriosa após o último governo de Jair Bolsonaro, fornecendo uma base sólida para a confiança dos investidores. "Há uma mudança de qualidade no Brasil. A democracia venceu e isso dá segurança aos investidores," disse o presidente do BNDES. Ele também apontou que o arcabouço fiscal atual contribui para a estabilização da dívida pública do país.

Mercadante fez questão de reconhecer o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na melhoria do rating de crédito do Brasil após 18 anos. "O Brasil melhorou seu rating internacional e o presidente Lula tem grande responsabilidade nisso," afirmou.

O presidente do BNDES expressou otimismo quanto ao alcance da instituição em 2023. "A expectativa do BNDES é chegar a financiamentos de 270 bilhões de reais ainda neste ano," revelou. Mercadante enfatizou que o papel principal do banco é financiar a produção nacional, e não o Tesouro.

Um dos pontos tocados por Mercadante foi a questão do pagamento de dividendos pelo BNDES ao Tesouro Nacional. "Precisamos reduzir o pagamento de dividendos. Os bancos públicos não pagam dividendos no mundo," observou.

Ele também apontou que o Tesouro Nacional precisa "desmamar" do BNDES para que o banco possa cumprir sua missão principal de financiar a produção e programas como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). "Tesouro precisa desmamar do BNDES para que possamos financiar o PAC e a produção," concluiu Mercadante. ACOMPANHE: