Economia caiu 0,5% no terceiro trimestre
Produto Interno Bruno totalizou 1,21 R$ trilhão no período de julho a setembro, segundo dados do IBGE; PIB se manteve estável no primeiro trimestre deste ano e cresceu 1,8% no segundo; queda de investimentos e da produção agropecuária provocaram queda; ao comentar o resultado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a economia está numa trajetória de expansão gradual que deve continuar nos próximos trimestres, e defendeu que ainda é possível que o PIB cresça 2,5% neste ano; "Recuperação talvez não seja na velocidade que gostaríamos", declarou
247, com Agência Brasil – O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. O PIB totalizou 1,21 R$ trilhão no período de julho a setembro, segundo dados divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB se manteve estável no primeiro trimestre deste ano e cresceu 1,8% no segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2012, a economia brasileira teve crescimento de 2,2%. O PIB cresceu 2,4 % no acumulado do ano e 2,3% no acumulado de 12 meses.
Antes da divulgação dos números pelo IBGE, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu que a economia daria "uma parada para compensar o número forte de crescimento do segundo trimestre... para voltar a crescer no quarto trimestre" (leia mais aqui).
Queda de investimentos e da produção agropecuária provocam queda no PIB
Economia
Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A queda de 3,5% da agropecuária foi a principal causa do recuo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) pelo lado da produção, no terceiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior.
Segundo a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Rebeca Palis, a queda da agropecuária é reflexo tanto da produção menor de produtos típicos do terceiro trimestre (como o café e a laranja) quanto do fim da safra de soja, que se concentra no primeiro semestre.
"Apesar de a agropecuária ser a atividade que mais cresce no ano [com alta acumulada de 8,1%], [não há mais] mais a safra da soja, que é o produto que mais cresceu neste ano e influenciou muito nas altas taxas de crescimento da agropecuária no primeiro semestre", disse Rebeca.
Outras atividades econômicas também tiveram queda no terceiro trimestre, como outros serviços (-0,4%), indústria da transformação (-0,4%) e construção civil (-0,3%). A queda da construção civil, inclusive, teve impacto no recuo da formação bruta de capital fixo (investimentos) de 2,2% no trimestre, pelo lado da demanda.
"A gente teve uma taxa expressiva de crescimento da formação bruta de capital fixo, de 7,3%, no trimestre, mas foi um crescimento menor do que o do trimestre anterior, que havia sido de 9,1%. Por isso, [houve] essa queda na ponta da série, influenciada pela construção civil, que também teve uma taxa menor nesse trimestre", afirmou a pesquisadora.
Por outro lado, o consumo das famílias, que cresceu 1% entre o segundo e o terceiro trimestres, evitou uma queda maior do PIB. Segundo a pesquisadora, a alta pode ser explicada pela continuidade do crescimento da massa salarial real e do crédito.
Leia abaixo reportagem da Reuters sobre o comentário de Mantega em relação ao PIB:
Mantega: economia tem trajetória de expansão moderada
SÃO PAULO, 3 Dez (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que a economia brasileira está numa trajetória de expansão gradual que deve continuar nos próximos trimestres, e defendeu que ainda é possível que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça 2,5 por cento neste ano.
"Recuperação talvez não seja na velocidade que gostaríamos", afirmou a jornalistas o ministro ao comentar o resultado do PIB no terceiro trimestre deste ano, com retração de 0,5 por cento.
(Reportagem de Eric Sukys)
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