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    Economist diz que Brasil está no 'atoleiro'

    Capa da edição semanal da revista britânica "The Economist" diz que a economia brasileira está uma "bagunça" e enfrentará dificuldades para sair do "atoleiro" onde se encontra; país enfrenta pior crise econômica desde 1990, com estagnação da economia, recessão "provavelmente prolongada"; marca por sua posição crítica à gestão da presidente Dilma, revista afirma que os brasileiros "estão percebendo que compraram falsas promessas" e exemplifica com o pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo

    Capa da edição semanal da revista britânica "The Economist" diz que a economia brasileira está uma "bagunça" e enfrentará dificuldades para sair do "atoleiro" onde se encontra; país enfrenta pior crise econômica desde 1990, com estagnação da economia, recessão "provavelmente prolongada"; marca por sua posição crítica à gestão da presidente Dilma, revista afirma que os brasileiros "estão percebendo que compraram falsas promessas" e exemplifica com o pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo (Foto: Aquiles Lins)
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    247 - Edição semanal da revista britânica "The Economist" dedicou sua capa para dizer que a economia brasileira está uma "bagunça" e enfrentará dificuldades para sair do "atoleiro" onde se encontra.

    Segundo a revista, que tem se notabilizado por críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff, os problemas econômicos do país são bem maiores do que o governo possa admitir ou que os investidores pareçam perceber. "A estagnação adormecida na qual o país caiu em 2013 está se tornando uma completa – e provavelmente prolongada – recessão, uma vez que a inflação pressiona os salários e a capacidade de pagamento das dívidas do consumidor", diz a revista.

    De acordo com a revista britânica, dois meses após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, os brasileiros "estão percebendo que compraram falsas promessas". A publicação citou o aperto fiscal para equilibrar as contas públicas, os cortes de benefícios previdenciários e a elevação de impostos e preços que estavam represados, além da redução de subsídios a bancos públicos que antes eram repassados a setores e empresas.

    A revista também mencionou o escândalo da Petrobras como uma das fragilidades do segundo mandato de Dilma. "Um vasto escândalo de corrupção na Petrobras, a gigante estatal, complicou a situação de diversas das maiores construtoras e paralisou os investimentos na economia, pelo menos até que os promotores e auditores tenham cumprido seu trabalho", diz a revista.

    Para a publicação, qualquer recuo nos indicadores econômicos pode ocasionar, este momento, uma fuga da moeda e um rebaixamento da nota de crédito do Brasil. "Pode ser demais esperar de Dilma que reformule as arcaicas leis trabalhistas que ajudaram a retardar a produtividade, mas ela deveria ao menos tentar simplificar os impostos e cortar burocracias desnecessárias", sugere.

    A publicação amenizou a crise comparando o país com a atual situação econômica da Rússia, citando que o Brasil possui um grande e diversificado setor privado e instituições democráticas robustas. "A hora de colocar tudo no lugar é agora", finaliza.

    Em 2009, a "Economist" publicou uma matéria de capa ilustrada com a imagem do Cristo Redentor decolando como um foguete, sinalizando para um rumo promissor da economia. Mas a revista voltou atrás em 2013, mostrando o mesmo Cristo desgovernado, dando conta de que o país teria perdido a direção.

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