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Economista-chefe da XP diz que política econômica do PT mantém reformas liberais

Caio Megale celebra o fato de não ter havido mudanças significativas até agora

(Foto: Divulgação | Felipe Gonçalves/247)

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247 – No balanço do primeiro semestre da política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Caio Megale, economista-chefe da XP, enfatiza que o aspecto mais relevante foi o que não aconteceu. Em entrevista à Folha de S. Paulo, le ressalta que a principal tarefa da equipe econômica foi desfazer a percepção de uma mudança brusca na política econômica e a reversão das "conquistas alcançadas" nos últimos anos, como as reformas trabalhista e da Previdência, a privatização da Eletrobras e a autonomia do Banco Central.

Megale afirma que é positivo que os temores não se concretizaram e que a gestão econômica foi equilibrada. Ele destaca que a ausência de ações foi o ponto central. Durante o período, havia incertezas sobre as reformas anteriores serem desfeitas, a possível interferência do governo na independência do Banco Central, o aumento da meta de inflação e a definição de uma referência fiscal. No entanto, ao longo do tempo, a resposta foi negativa para essas questões, o que é considerado positivo pelo economista.

O economista menciona o exemplo recente da meta de inflação, na qual Lula chegou a mencionar a possibilidade de elevá-la para 4,5%. Isso gerou preocupação, uma vez que a inflação é difícil de controlar depois de ser estimulada. No entanto, o Conselho Monetário Nacional confirmou a busca pela inflação baixa de 3%, resultado apoiado pelos votos dos membros do Executivo no conselho. Megale destaca isso como um aspecto positivo.

Outro ponto mencionado é o esforço direcionado do governo na aprovação da Reforma Tributária, com a participação de Bernard Appy, especialista no assunto. Megale avalia que, em outros momentos, houve discussões dispersas, mas nesse caso específico, houve um foco claro. No entanto, ele ainda expressa preocupações, como a possibilidade de o governo não conseguir aumentar a arrecadação para equilibrar as despesas e receitas, e questiona a liberdade dos diversos agentes econômicos, como o Banco Central e a Petrobras, em tomar medidas impopulares se o equilíbrio não for alcançado.

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