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    Economista do Santander defende golpe para evitar Lula: 'era inelegível até outro dia, pode voltar a ser'

    Em relatório enviado a clientes e operadores do mercado, Victor Candido escreveu: “é possível especular sobre um golpe para evitar o retorno de Lula. Ele era inelegível até outro dia, por exemplo, pode voltar a sê-lo”

    Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Fabiano Couto/Sindicato dos Bancários de Santos e Região)

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    Revista Fórum - Beneficiado pelas medidas econômicas neoliberais do governo de Jair Bolsonaro, o banco Santander mostra que compartilha dos objetivos golpistas do atual presidente da República para evitar a volta de Lula (PT) em 2022.

    Victor Candido, um dos economistas da instituição financeira, escreveu um relatório, no qual defende um golpe de Estado para evitar o retorno do petista, de acordo com reportagem Andy Robinson, no site Ctxt.

    Leia a íntegra na Fórum.

    Nota do economista do Santander:

    “Brasília, 11 de agosto de 2021 – nº 10464 

    Sobre vários tipos de golpe 

    Um escritor alemão advertiu que a História, quando se repete, é como farsa e, ontem, o experimento do presidente Bolsonaro para repetir 1964 terminou como farsa, com seus blindados da Guerra do Vietnã e seus generais funcionários. Não há apoio social, nem apoio do establishment, nem radicalismo de esquerda para justificar uma aventura, que terminaria de forma melancólica com algumas prisões. Por fim, não há interesse do sistema político em um regime bolsonarista. 

    Dito isso, é preciso reconhecer um problema na eleição de 2022: a perspectiva de retorno ao poder da máquina de corrupção do governo Lula. Basta comparar os esquemas de corrupção do Mensalão e do Petrolão com as aventuras cômicas de reverendos e militares da reserva tentando uma comissão na compra de vacinas pelo governo Bolsonaro. Os recursos desviados pelas máquinas políticas dos governos passados ainda não apareceram. Ou seja, se o sistema político e judicial, se o establishment político brasileiro acha cômico o governo Bolsonaro, o retorno de Lula e seus aliados representa uma ameaça bem mais séria. Hoje, Lira é o presidente da Câmara, mas sob um governo do PT, seria um modesto aliado abrigado em um cargo menor. 

    Em suma, ninguém apoiará um golpe em favor de Bolsonaro, mas é possível especular sobre um golpe para evitar o retorno de Lula. Ele era inelegível até outro dia, por exemplo, pode voltar a sê-lo”.

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