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    Empresários pioram projeções para inflação em 2024 e custo de mão de obra, mostra relatório do BC

    Confira dados do projeto piloto da pesquisa Firmus

    Sede do Banco Central em Brasília (Foto: Reuters/Adriano Machado)

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    (Reuters) - O Banco Central divulgou nesta segunda-feira a segunda edição da etapa piloto da nova pesquisa Firmus, que traz a percepção de empresas de fora do setor financeiro sobre seus negócios e as principais variáveis econômicas, apontando uma visão mais pessimista para a inflação de 2024 e custo de salários mais alto.

    O projeto piloto do Firmus tem coletas trimestrais e o resultado divulgado nesta segunda diz respeito à percepção apresentada em agosto por 95 empresas participantes.

    De acordo com os dados, companhias ouvidas projetavam naquele momento que a inflação brasileira fecharia 2024 em 4,20%, próximo aos 4,26% apontada na ocasião pelo boletim Focus, que capta projeções de instituições financeiras. O novo patamar é mais alto do que os 4,00% apontados pelos empresários em maio.

    Para 2025, as empresas não financeiras mantiveram a previsão para a inflação em 4,00%. Em relação a 2026, elas estimavam um IPCA de 3,60%, contra 3,70% apontado em maio.

    Em relação à atividade econômica, segundo a mediana da pesquisa Firmus, o PIB deste ano deve crescer 2,20%, contra 2,00% previstos na pesquisa anterior. O novo patamar ficou abaixo dos 2,46% apontados no Focus naquele momento.

    O relatório mostrou também que 66,3% das empresas ouvidas esperavam que os custos de mão de obra aumentassem mais de 4% nos doze meses seguintes, patamar maior que os 59,7% registrados em maio. Por outro lado, caiu de 34,8% para 29,5% os respondentes que previam aumentos alinhados à meta de inflação de 3% -- que tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

    A autarquia destacou que os resultados mostram uma melhora na percepção das empresas sobre a situação econômica atual, com visão de que o crescimento em seu principal setor de atuação seja similar ou maior que o crescimento do PIB do país.

    No entanto, segundo o relatório, houve aumento da parcela de empresas que projeta ajustes nos preços de seus produtos alinhados ou discretamente acima da inflação.

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