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    Empresários sinalizam apoio a Bolsonaro durante jantar em São Paulo

    Encontro com setores da classe dominante aponta que apoio de banqueiros e setores do grande empresariado à extrema-direita pode se repetir em 2022

    (Foto: Reuters)

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    Por Ivan Longo, na revista Fórum – Durante jantar realizado em São Paulo entre Jair Bolsonaro, membros do governo e nomes do meio empresarial, na noite desta quarta-feira (7), o presidente foi poupado de críticas, mesmo diante do fato de que o país vive uma tragédia sanitária e econômica que é fruto direto da maneira como o atual governo lida com a pandemia.

    Relatos de presentes dão conta que o presidente se comprometeu a acelerar a vacinação contra a Covid, mas ele seguiu pregando contra as medidas restritivas, o que teria sido endossado pelos empresários. O grupo de cerca de 20 pessoas era composto por nomes como o de David Safra, presidente do Banco Safra, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração do Bradesco, André Esteves, fundador do BTG Pactual, Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan), Flávio Rocha (Riachuelo) e Paulo Skaf, presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), além do anfitrião do jantar, Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil, entre outros.

    Segundo o jornal Valor, que teve acesso a um áudio das falas feitas durante um encontro, Bolsonaro pintou um Brasil atrativo para os negócios, ignorando o fato de que o país tem apresentado sucessivos revezes nos indicadores econômicos. “Tem de olhar o lado bom do país. Os investidores estão acreditando no Brasil. Basta olhar, hoje, o leilão dos aeroportos. Não existe terra melhor do que essa!”, afirmou.

    Em outro momento do jantar, Bolsonaro ainda resolveu atacar o PT e, mais uma vez, teria recebido apoio dos presentes. Segundo o presidente, se Fernando Haddad tivesse ganhado a eleição de 2018 “o Brasil teria afundado e virado um caos”, como se não fosse exatamente essa a situação do país. “Estamos com o senhor. O Brasil não volta para ladrão e vagabundo”, teria respondido um dos empresários.

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