Falta de credibilidade isola economia do Brasil em meio aos conflitos mundiais, diz Lula
"Brasil atravessa uma crise de credibilidade, de governabilidade, de falta de sintonia do Estado com as instituições", avaliou o ex-presidente em debate na Fiesp
247 - O ex-presidente Lula (PT), líder em todas as pesquisas eleitorais, participa na manhã desta terça-feira (9) de um debate com diretores, conselheiros, associados e sindicatos ligados à Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
Em uma fala inicial, Lula afirmou que o "Brasil atravessa uma crise quase que sem precedentes, porque é uma crise de credibilidade, de governabilidade, de falta de sintonia do Estado, através do governo, com as instituições, que são instituições de garantia do nosso Estado".
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Segundo o petista, o governo Jair Bolsonaro (PL) destruiu a credibilidade internacional brasileira, fazendo com que o país se inviabilizasse como destino de investimentos em meio aos conflitos mundiais, como entre Estados Unidos e China. "A situação do Brasil está muito difícil, com um agravante: a falta de credibilidade internacional. Essa falta de credibilidade é um dos entraves que nós temos para fazer com que o Brasil possa, nesse conflito entre Estados Unidos e China, ser uma referência para receber recursos e investimentos diretos".
Lula mais uma vez aproveitou a ocasião para exaltar seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). "O fato de eu e o Alckmin estarmos juntos é uma das grandes novidades políticas desse país. O Alckmin foi meu adversário político em 2006, e esse jeitão dele bonzinho não foi tao bom em 2006. Eu estou com as canelas até agora machucadas", brincou. "Eu e ele resolvemos relevar isso a segundo plano e compor uma chapa na perspectiva de consertar esse país. A junção da experiência de um homem que governou São Paulo por 16 anos e que foi vice mais seis, são 22 anos de experiência em São Paulo, com um presidente que teve a sorte de ter alguns de vocês participando do governo e que foi o presidente mais bem sucedido na história contemporânea do nosso país, essa junção só poder dar certo, só pode fazer as pessoas entenderem que essa junção não aconteceria se nós não tivéssemos a convicção da nossa responsabilidade, até porque estamos pegando o Brasil um pouco pior do que aquele que peguei em 2003".
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