Fiesp, que liderou campanha pelo golpe contra Dilma, articula manifesto por "harmonia entre os poderes"
Entidade que ficou marcado por seus patos amarelos na campanha pelo golpe de estado de 2016 e ainda é comandada por Paulo Skaf já conta com o apoio mais de 200 associações
247 – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que colocou patos amarelos nas ruas para liderar a campanha pelo golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, processo que abriu espaço para a ascensão do fascismo, a destruição de direitos trabalhistas e o colapso institucional do Brasil, pretende publicar nesta terça-feira um manifesto assinado por diversas associações e entidades empresariais pedindo gestos de pacificação entre os Poderes diante da escalada das ameaças de ruptura à feitas por presidente Jair Bolsonaro.
"A adesão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao manifesto capitaneado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, deve fazer com que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal deixem a entidade criada em 1967. Além da Febraban e da Fiesp, Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Instituto Brasileiro da Árvore (Ibá, da indústria de celulose e papel), Abinee (indústria elétrica e eletrônica), Fenabrave (distribuição de veículos), Fecomércio, Alshop (lojistas de Shopping), Sociedade Rural Brasileira e o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) vão assinar o manifesto. Ao todo, mais de 200 associações empresariais devem aderir ao documento", informa o jornal O Globo.
"O texto do manifesto ainda está sendo revisado, mas a ideia geral é dar um recado curto e objetivo para os três Poderes: é preciso que cada lado faça 'gestos magnânimos' para distensionar o ambiente político e dissipar incertezas que podem prejudicar o processo de recuperação da economia brasileira", aponta ainda a reportagem. O texto não fará menção direta a Jair Bolsonaro.
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