Fundo dos Emirados Árabes diz que irá investir US$ 1 bilhão por ano no Brasil
A Mubadala Capital acaba de fechar um segundo fundo específico para o Brasil, com mais de US$ 710 milhões
247 – A Mubadala Capital, braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, está demonstrando grande otimismo em relação às perspectivas de crescimento do Brasil sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A empresa planeja investir mais de US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 5 bilhões) por ano para expandir suas participações no país. Esses investimentos abrangem setores que vão desde uma refinaria de petróleo até concessões rodoviárias, segundo reportagem da Bloomberg, também publicada pelo Valor.
Após mais de uma década desde sua chegada ao Brasil para investir nos negócios de commodities do então bilionário Eike Batista, a Mubadala Capital já alocou mais de US$ 5 bilhões no país. Esta notícia foi compartilhada por Oscar Fahlgren, presidente da empresa de investimento no Brasil, em uma entrevista. Segundo Fahlgren, a escala e o potencial de retorno fazem do Brasil o lugar mais atraente na América do Sul. Ele afirmou: "O PIB está crescendo mais do que o esperado e temos visto estabilidade política desde que a nova administração assumiu. O clima na comunidade internacional ficou mais favorável ao Brasil."
A Mubadala Capital acaba de fechar um segundo fundo específico para o Brasil, com mais de US$ 710 milhões, mais que o dobro do primeiro veículo de investimento. Além disso, a empresa planeja começar a captar recursos para um fundo ainda maior em 2024. No total, a Mubadala Capital gerencia US$ 20 bilhões, sendo que cerca de dois terços desses recursos provêm de investidores externos.
A entrada dos Emirados Árabes Unidos no grupo BRICS provavelmente aumentará os fluxos de capital entre os países membros, segundo Fahlgren. Ele também observou que a turbulência em outras partes do mundo torna o Brasil um destino de investimento ainda mais atraente.
A estratégia da Mubadala Capital tem se concentrado em ativos problemáticos com múltiplos atrativos que podem ser reorganizados. Seu portfólio já inclui uma concessão rodoviária no estado de São Paulo e a produtora de etanol Atvos, ambas adquiridas da Odebrecht após os desdobramentos da Operação Lava Jato. Além disso, o grupo é dono da Acelen, uma empresa criada para operar a refinaria de Mataripe, adquirida da Petrobras durante o governo anterior, localizada no nordeste da Bahia.
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