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    FUP se reúne com Lula em meio a indefinição sobre futuro da Petrobras

    Durante o encontro, lideranças nacionais da Federação Única dos Petroleiros fizeram avaliações do desempenho do governo em suas determinadas áreas e apresentaram sugestões

    Presidente Lula e Deyvid Bacelar (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, participou neste sábado (6), de reunião com o presidente Lula (PT), na Granja do Torto, em Brasília, junto com demais representantes de movimento sindical e social. Na visão da entidade, o encontro marca uma retomada no processo de escuta dos movimentos de base por parte da Presidência da República.

    Durante a reunião, as lideranças nacionais fizeram avaliações do desempenho do governo em suas determinadas áreas e apresentaram sugestões. Vale apontar que o encontro ocorre em meio à indefinição sobre o futuro da Petrobras, com divergências entre o ministro Alexandre Silveira e o atual presidente da estatal, Jean Paul Prates. Existe a expectativa de uma reunião ainda neste fim de semana entre o presidente Lula e seus ministros para discutir uma possível troca no comando da empresa.

    Coube a Bacelar falar sobre "a Petrobrás que a FUP entende que deve ser, considerando que a estatal não será apenas de óleo e gás, mas, sim, uma empresa de energia”. Para isso, precisa se voltar para a transição energética justa, de forma dialogada com trabalhadores e comunidades impactadas, e observando as demandas que já existem de combustíveis verdes no mundo e no Brasil.

    “Por exemplo, companhias aéreas, a partir de 2027, terão que usar o SAF (combustível sustentável de aviação), navios usarão metanol, os novos trens da Vale também serão movidos com combustíveis verdes, assim como o processo de produção do agronegócio”, destacou Bacelar, sinalizando a “necessidade de a Petrobrás ser protagonista nesse processo, indutora de um polo industrial nacional de combustíveis verdes”. Ele citou a importância do Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, estado que tem grande potencial de geração de energia eólica e solar e de atração de investimentos.

    “Falamos também sobre a necessidade de a Petrobrás, cada vez mais, ampliar o cumprimento de seu papel social. Isso passa, inclusive, por cuidados com o GLP, o gás de cozinha, que atinge a população mais necessitada. Destacamos ainda a importância de ampliação da capacidade de refino brasileiro e de se trazer encomendas de navios, sondas e plataformas para o Brasil, contribuindo para o processo de geração de emprego e renda no país", disse.

    Bacelar falou também sobre a disputa da renda petrolífera para a ampliação de investimentos da Petrobrás e aceleração das obras que estão para ser retomadas, como o segundo trem da refinaria Abreu e Lima (PE), do Gaslub (RJ), Fafem PR, Fafem MS, “obras que precisam ser concluídas até o final do governo do presidente Lula”, ressaltou.

    Ele destacou também a questão da Margem Equatorial. “O governo precisa se posicionar sobre este tema, tendo em vista a importância desta reserva para a soberania energética brasileira - considerando que, a partir de 2030, teremos declínio na curva de produção do pré-sal - e para o desenvolvimento econômico e social da região”, pontuou.

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