Geração de empregos nos EUA desacelera drasticamente em março
Desemprego diminui discretamente, mas abaixo do esperado
João Novaes _Opera Mundi - O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira (06/04) que março de 2012 foi o mais fraco dos últimos cinco meses em relação à geração de empregos. Enquanto em fevereiro a marca de 240 mil novos postos de trabalho foi muito comemorada, os trinta dias seguintes conseguiram alcançar somente a metade, aproximadamente 120 mil – os dados ainda são preliminares, representam o pior desempenho desde outubro do ano passado.
O resultado divulgado ficou muito abaixo das expectativas do mercado, calculadas em 207 mil. Em março do ano passado, foram criados 246 mil novos empregos.
A boa notícia do dia para os norte-americanos é que o índice de desemprego diminuiu ligeiramente: de 8,3% para 8,2%, mesmo assim abaixo das projeções dos especialistas.
Os dois dados (geração de empregos e a estimativa das taxas de desocupação) seguem metodologias diferentes: o primeiro é verificado a partir de informações fornecidas pelas empresas, enquanto o segundo, por levantamento junto às residências.
Também foi registrado aumento do número de trabalhadores empregados em tempo integral: de 114,40 milhões para 115,29 milhões; ao mesmo tempo em que os empregados em tempo parcial foram reduzidos de 27,57 milhões para 26,91 milhões.
Segundo o relatório do Departamento de Trabalho, o setor privado foi o principal responsável pela abertura de vagas nesse mês, com destaque para os setores de produção de bens duráveis e prestação de serviços, em especial saúde e educação.
Em compensação, os setores de construção civil, e principalmente, do varejo, despediram mais do que contrataram em março, bem como o setor público, onde a folha de pagamento encolheu em mil pessoas no total.
A taxa de desemprego entre os mais jovens apresentou piora: entre os norte-americanos de 16 e 19 anos, a taxa de desemprego aumentou de 23,8% para 25%. Não houve melhoras para essa parcela no último ano: em março de 2011, essa estatística era de 24,5%.
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