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    Governador de Roraima, Denarium diz que indígenas devem se articular para que eles próprios explorem suas terras

    Ao mesmo tempo, Antonio Denarium disse que há 50 mil famílias que dependem do garimpo em Roraima e que não podem ficar desempregadas

    O governador de Roraima, Antnio Denarium (Foto: ABR)

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    247 - O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), defendeu em entrevista à Folha de S. Paulo que os indígenas se articulem para que eles próprios possam explorar suas terras, ricas em minérios. Segundo ele, o pedaço de terra de Roraima é o mais rico do mundo, “tem a tabela periódica inteira”.

    “Imagine você desempregado, pobre, passando fome, doente. Dentro da sua casa tem um quadro do Picasso que vale US$ 1 bilhão. O que você faria? Venderia. Aí pega o dinheiro e melhora sua qualidade de vida. Igual aos indígenas americanos”, disse ele.

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    Ele deu o exemplo de cassinos nos Estados Unidos em áreas indígenas, que geram royalties para essa população. 

    Ao mesmo tempo, Denarium disse que há 50 mil famílias que dependem do garimpo em Roraima e que não podem ficar desempregadas. 

    Denarium também afirmou que a responsabilidade pela crise humanitária dos yanomamis no Norte do país não é única e exclusiva de Jair Bolsonaro. No entanto, os fatos mostram que o  garimpo ilegal foi encorajado durante o último governo. 

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    "Foi dada publicidade há um problema que é recorrente há 20 anos", avaliou. "Estão criando um fato que não é de hoje". 

    O governador contestou o argumento de que o garimpo esteja prejudicando a saúde dos yanomamis, alegando que há desnutrição indígena em locais sem garimpo.

    Ele ainda disse que a desnutrição não existe só no estado e que nos vídeos divulgados de yanomamis visivelmente desnutridos “não tem desnutrido”.

    "A Cufa [Central Única das Favelas] está entregando cestas de alimentos aqui. Você vê nas filas, nos vídeos que eles publicam, não tem nenhum desnutrido. Todo mundo bem arrumadinho, tudo certinho. O problema é localizado, não é generalizado", disse. 

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