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    Governo Bolsonaro seca o caixa da Petrobrás antes da posse de Lula com novo superdividendo

    Conselho de Administração da Petrobrás aprovou pagamento de dividendos no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação

    Petrobrás, Lula e Bolsonaro (Foto: Reuters)
    Aquiles Lins avatar
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    Do Infomoney - A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta quinta-feira (3) a aprovação pelo seu Conselho de Administração do pagamento de dividendos no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação, no mesmo dia da divulgação de seu resultado do terceiro trimestre.

     Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. A primeira parcela será no valor de R$ 1,67445 por ação preferencial e ordinária em circulação e paga em 20 de dezembro de 2022.

     A segunda parcela, no valor de R$ 1,67445 por ação preferencial e ordinária, será paga em 19 de janeiro de 2023.

     Terão direito a receber todos os acionistas posicionados nos papéis em circulação na B3, até o dia 21 de novembro, e o record date para os que possuem ADRs é o dia 23 de novembro. As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 22 de novembro de 2022.

     A companhia informou que o dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos).

     “Além disso, a política também prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, desde que sua sustentabilidade financeira seja preservada”, afirma.

     Segundo a estatal, a aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no

     curto, médio e longo prazo e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, “assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”.

     “Vale destacar que no Plano Estratégico 2022-26 os projetos de investimentos solicitados pelas áreas de negócio foram atendidos por apresentar boa resiliência e por serem suportados pela geração de caixa operacional e o fluxo de desinvestimentos, sem efeitos adversos na alavancagem. Portanto, não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa”, apontaram.

     Cabe ressaltar que o pagamento de dividendos da companhia, com expectativa que chegasse a R$ 50 bilhões, foi cercado de polêmicas durante esta quinta-feira.

     A Federarão Única dos Petroleiros (FUP) e a Anapetro, que representa os petroleiros acionistas minoritários da Petrobras foram contra aprovar o pagamento de um “megadividendo”.

     O Credit Suisse avaliou o valor total do pagamento anunciado como positivo, totalizando R$ 43,7 bilhões, ou cerca de US$ 8,6 bilhões, perto do limite superior de suas estimativas entre US$ 6 bilhões e US$ 9 bilhões, com um dividend yield (valor do provento sobre o preço da ação) de cerca de 10%. Às 15h45 (horário de Brasília), os ativos PETR3 subiam 0,90% (R$ 33,67) e os PETR4 tinham ganhos de 1,21% (R$ 30,22).

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