Governo e BNDES lançam fundo de R$1 bilhão para projetos de minerais estratégicos
Expectativa é que o fundo invista em até 20 empresas com projetos de pesquisa, desenvolvimento e implantação de minas de minerais estratégicos para a transição energética
Reuters - O Ministério de Minas e Energia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançarão o Fundo de Investimento em Participações (FIP) Minerais Estratégicos no Brasil, com estimativa de mobilizar até 1 bilhão de reais, informou a pasta em nota nesta terça-feira.
A expectativa é que o fundo invista em 15 a 20 empresas com projetos de pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de minerais considerados estratégicos para a transição energética.
Segundo a pasta, o BNDES aportará até 250 milhões de reais no fundo, com participação limitada a 25% do total, sendo esperados outros investidores nacionais e internacionais.
"Os recursos poderão ser utilizados por empresas júnior e de médio porte que enquadrem na tese de investimentos do fundo e que será colocada em prática pelo gestor a ser selecionado por meio de chamada pública", diz a nota.
O FIP Minerais Estratégicos, segundo o ministério, irá viabilizar ainda projetos de descarbonização e produção sustentável de alimentos.
"Não há transição energética sem mineração e sabemos que o Brasil, com seu amplo território, diversidade geológica e riqueza mineral, será o protagonista e grande alicerce mundial na transição energética", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, segundo a nota.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a transição energética "é uma prioridade do governo do presidente Lula" e que a iniciativa contribui para o aproveitamento do potencial geológico brasileiro, permitindo que o país se posicione como fornecedor de minerais estratégicos para atender à demanda mundial por tecnologias de energia limpa.
O fundo irá priorizar os minerais para transição energética e descarbonização: cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco.
Segundo o ministério, também devem ser atingidos pelo fundo fosfato, potássio e remineralizadores, minerais fundamentais para a fertilidade do solo.
Silveira destacou que o Brasil já é o maior produtor mundial de nióbio, o segundo maior de ferro, magnesita e tântalo, o terceiro de bauxita e o quarto maior em vanádio.
"Somos o país com a quinta maior reserva de lítio, com 1,2 milhão de toneladas. Com esse incentivo, iremos crescer ainda mais e nos tornar o maior fornecedor de minerais estratégicos do mundo", ressaltou.
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