Governo Lula estuda critérios para substituir mais dois diretores do BC em dezembro
Os mandatos de Fernanda Guardado e Maurício Costa de Moura terminam em dezembro e não haverá recondução aos cargos
Agenda do Poder - Duas novas diretorias do Banco Central estão na mira do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já começa a avaliar os critérios para a substituição de mais dois nomes do Banco Central: Fernanda Guardado e Maurício Costa de Moura. Os mandatos deles terminam em dezembro e não haverá recondução aos cargos.
O debate ainda não gira em torno de nomes, mas do perfil dos futuros indicados, segundo informa a jornalista Monica Bergamo em sua coluna na Folha de S. Paulo. Historicamente, a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, hoje comandada por Maurício, é ocupada por um profissional de carreira do BC. Já a Diretoria de Assuntos Internacionais, hoje com Fernanda, tem perfil político e ligado ao mercado.
Integrantes do governo Lula defendem que, numa quebra de paradigma, ambos sejam substituídos por pessoas alinhadas ao pensamento econômico do governo, que entende que os juros devem baixar ainda mais nos próximos anos, dentro de determinados parâmetros. E não necessariamente que sejam quadros de carreira.
A possibilidade de que um quadro do próprio BC seja alçado à diretoria de Relacionamento, no entanto, não está descartada. Na substituição anterior, Lula (PT) manteve a tradição e escolheu um quadro de carreira, Ailton de Aquino Santos, para ocupar a diretoria de fiscalização. Gabriel Galípolo, que era da equipe de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, foi para a diretoria de política monetária.
De saída do BC, Fernanda Guardado e Maurício Moura se notabilizaram neste ano por defender a manutenção da taxa de juros em patamares altos, e por serem mais conservadores até mesmo do que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Na última reunião do Copom, que decidiu pela queda dos juros, ambos votaram por uma baixa de apenas 0,25%, enquanto Campos Neto votou por um corte de 0,5%, na taxa de juros – percentual que acabou prevalecendo por um placar de 5 a 4 na votação do colegiado.
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