Haddad e Alckmin cobram BC por queda mais rápida da taxa de juros
Ministro da Fazenda disse que a sinalização do corte das taxas nos EUA "pode ajudar o BC brasileiro, no segundo semestre, a buscar uma taxa Selic ainda menor que a projetada hoje"
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, cobraram o Banco Central por uma queda mais rápida das taxas de juros no Brasil. Em eventos distintos, realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, eles destacaram a necessidade de uma abordagem mais ágil por parte do Banco Central para cortar a taxa Selic para estimular o crescimento da economia.
Haddad apontou para a sinalização do Federal Reserve dos Estados Unidos, indicando possíveis cortes de até 0,75 ponto percentual nos juros estadunidenses ainda este ano, como um fator que poderia influenciar positivamente as decisões do BC brasileiro. Ele expressou confiança de que o cenário internacional favorável poderia facilitar uma busca por uma Selic ainda menor do que as projeções atuais, estimadas em torno de 9% até o final de 2024.
"“Os preços estão se comportando conforme o projetado. Eu acredito que o cenário internacional esta semana teve evolução para melhor, com possibilidade de três cortes do Fed, o que pode ajudar o BC brasileiro no segundo semestre a buscar uma taxa Selic ainda menor que a projetada hoje", disse Haddad, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.
Por sua vez, Alckmin adotou um tom mais incisivo, rotulando os juros elevados como prejudiciais para a economia e enfatizando a necessidade de um ritmo mais acelerado na queda das taxas. Ele ressaltou os indicadores econômicos positivos, incluindo a redução do risco país, do câmbio, do desemprego e da inflação, bem como o crescimento do PIB.
"Estamos começando um novo ano com quadro interessante”, disse, frisando a queda do risco País, do câmbio, do desemprego e da inflação, além do avanço do PIB. “O câmbio - de R$ 5 a R$ 4,90 - está variando pouco e está competitivo, ajuda exportação e turismo.", afirmou Alckmin. Ele também destacou um estudo do Ipea que sugere que a reforma tributária poderia impulsionar o crescimento do PIB em até 12% ao longo de 15 anos.
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