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    Ibovespa avança com suporte de Vale, mas Petrobras mina alta maior

    Índice referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,08%

    Painel da bolsa em São Paulo - 21/03/2019 (Foto: REUTERS/Nacho Doce)

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    SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa subiu mais de 1% nesta quinta-feira, ancorado no avanço dos papéis da Vale, em meio ao otimismo renovado com promessas de estímulos econômicos na China, o que também favoreceu outras ações do setor de materiais básicos.

    Minando um impulso maior, as ações da Petrobras recuaram cerca de 2%, acompanhando o forte declínio nos preços do petróleo no exterior.

    Índice referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,08%, a 133.009,78 pontos, próximo da máxima da sessão, de 133.312,77 pontos. Na mínima, marcou 131.593,50 pontos. O volume financeiro somou 27 bilhões de reais.

    Falas de líderes chineses sobre implementar "gastos fiscais necessários" para atingir a meta de crescimento econômico do país para o ano aumentaram as expectativas do mercado em relação a novos estímulos além das medidas anunciadas nesta semana.

    O estrategista Felipe Reis, da EQI Research, observou que a China havia se tornado um ponto de atenção entre investidores nos meses recentes, diante de preocupações sobre a saúde econômica da segunda maior economia do mundo.

    "Nesses últimos dias estamos recebendo boas notícias chinesas que afetam alguns papéis específicos (na bolsa). E isso é bom, porque são papéis de grandes empresas, um setor de grande peso na balança", afirmou.

    No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o atual ciclo de política monetária está aberto e é necessário observar os dados, sem indicar o que fará à frente. Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva para comentar o Relatório Trimestral de Inflação.

    Analistas do BB Investimentos destacaram em relatório que os agentes permanecem deixando em segundo plano o tema fiscal, enquanto focam em indicadores que possam contribuir para precificar a magnitude e o ritmo do ciclo do aperto monetário.

    Mas Reis, da EQI, reforçou que os receios fiscais domésticos continuam. "Eles vão continuar nos assombrando, (mas) dias em que não há uma notícia tão negativa assim, a gente acaba tendo um pouco de influência maior lá de fora."

    Em Wall Street, os índices acionários também fecharam em alta, com um salto nas ações da Micron e dados sólidos de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aliviando temores relacionados ao mercado de trabalho norte-americano.

    DESTAQUES

    - VALE ON avançou 6,01%, acumulando salto de 12% na semana até agora, em mais um dia positivo para os futuros de minério de ferro na Ásia com otimismo renovado em torno do pacote de estímulos econômicos da China. O minério de ferro de referência para outubro na Bolsa de Cingapura subiu 2,49%, enquanto o contrato de janeiro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou o dia com alta de 1,75%.

    - CSN ON saltou 8,95%, CSN MINERAÇÃO ON ganhou 6,67%, USIMINAS PNA subiu 5,63% e GERDAU PN valorizou-se 3,89%, também beneficiadas por perspectivas relacionadas à economia chinesa.

    - PETROBRAS PN recuou 2,16% e PETROBRAS ON perdeu 2,10%, sendo as principais contribuições de baixa para o Ibovespa, acompanhando o forte movimento de queda nos preços do petróleo no exterior, que levou o barril do Brent a fechar em 71,60 dólares, recuo de 2,53%. Em paralelo, a estatal anunciou nesta quinta que vai reduzir o preço do querosene de aviação (QAV) em 9,1% a partir de outubro. No setor, PRIO ON caiu 4,84% e BRAVA ENERGIA ON recuou 6,54%.

    - ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,27% e BRADESCO PN encerrou em alta de 2,56%, entre os maiores pesos de alta para o índice da bolsa paulista. No lado negativo, SANTANDER BRASIL UNIT caiu 0,58%

    - ENEVA ON teve acréscimo de 0,43%, tendo como pano de fundo previsão de lançar ainda neste mês uma oferta pública subsequente de novas ações ordinárias ("follow on") de até 4,2 bilhões de reais, como parte de acordos anunciados em julho junto ao BTG Pactual, seu principal acionista, de acordo com o presidente da companhia de energia, Lino Cançado. BTG PACTUAL UNIT subiu 0,97%.

    - COGNA ON saltou 7,20%, após notícia de que teria retomado conversas para eventual fusão com a rival Yduqs. Nesta quinta-feira, a Cogna afirmou não ter "informações a serem divulgadas" sobre qualquer transação envolvendo a companhia ou as entidades mencionadas na reportagem. YDUQS valorizou-se 2,87%.

    - AZUL PN subiu 10%, embalada por noticiário envolvendo a aproximação de um novo acordo com arrendadores de aviões. À Reuters, fontes disseram este mês que a maioria dos arrendadores da Azul já sinalizou que concorda com o plano da companhia aérea, que envolve a oferta de ações para pagar cerca de 600 milhões de dólares em dívidas. Duas delas afirmaram que um acordo pode ser assinado em semanas.

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