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    Ibovespa fecha em alta, mas com menor volume antes dos juros anunciados pelo Copom e sem Wall Street

    Índice de referência do mercado acionário brasileiro, a Bolsa de Valores brasileira subiu 0,53%, a 120.261,34 pontos, perto da máxima do dia, de 120.383,33 pontos

    Ibovespa (Foto: REUTERS/Rahel Patrasso)

    Por Paula Arend Laier

    SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, mas com volume bem reduzido, reflexo de cautela antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e da ausência de Wall Street devido a feriado nos Estados Unidos.

    Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,53%, a 120.261,34 pontos, perto da máxima do dia, de 120.383,33 pontos. Na mínima, chegou a 118.960,37 pontos.

    O volume financeiro somou apenas 14,15 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano de 23,9 bilhões de reais.

    O desfecho do Copom, principalmente o placar de votação da decisão, ocupa as atenções de agentes financeiros desconfiados acerca da condução futura da política monetária, após mudanças na diretoria do BC e saída do seu presidente até o final do ano.

    Na véspera, o presidente da República voltou a criticar a atuação do titular do BC, Roberto Campos Neto, o que na visão de alguns agentes no mercado corrobora um cenário de mais uma decisão dividida do Copom sobre a Selic.

    Entre economistas, prevalece a aposta de que a taxa básica de juros será mantida em 10,50% ao ano, com uma parcela minoritária ainda estimando um corte de 0,25 ponto percentual.

    No encontro anterior, o BC reduziu o ritmo de afrouxamento monetário ao fazer um corte de 0,25 ponto, com placar dividido, com divergência de diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que votaram por uma redução de 0,50 ponto.

    Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, foi um dia de não assumir posições relevantes com o mercado nos EUA fechado e Copom no final do dia, principalmente com o componente político adicionado pelo presidente Lula na véspera à decisão.

    Ele acrescentou que, até a fala de Lula, havia mais ou menos um consenso de que, após o desconforto provocado pelo resultado da reunião anterior, a decisão desta reunião seria unânime, muito provavelmente de pausar o ciclo de cortes.

    "Tecnicamente, não tem como fazer uma redução (da Selic) nesse instante", afirmou, citando que as projeções para a inflação estão desancoradas.

    DESTAQUES

    - BRF ON avançou 4,33%, mantendo o tom positivo da véspera, quando fechou com acréscimo de 5,5%, tendo ainda como pano de fundo a possibilidade de a China restringir a importação de carne suína na União Europeia. MARFRIG ON, principal acionista da BRF, terminou com elevação de 3,03%. Ainda no setor, JBS ON encerrou em alta de 1,76% e MINERVA ON valorizou-se 2,86%.

    - WEG ON fechou com um ganho de 2,44%, completando seis pregões sem sinal negativo, com o noticiário recente da companhia incluindo parceria com Horse em powertrain de veículos comerciais leves e pesados e acordo para equipar usina da Orizon de geração de energia a partir do lixo.

    - VALE ON subiu 0,31%, apesar da fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,36%, a 824 iuanes (113,55 dólares) a tonelada, depois de atingir 835,5 iuanes a tonelada no começo da sessão.

    - ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,78%, em sessão de evento online com executivos do banco, no qual o CEO disse que "tudo leva a crer" que o Itaú pagará novamente dividendos extraordinários aos acionistas. BRADESCO PN ganhou 0,48%.

    - PETROBRAS PN fechou com acréscimo de 0,08%, após forte valorização na véspera, com a quarta-feira marcada por variação tímida do petróleo Brent no exterior e cerimônia de posse da nova presidente-executiva da estatal, Magda Chambriard. Em seu discurso, ela afirmou que recebeu de Lula a encomenda de "movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB do Brasil", e disse que vai fazer o que está no plano de investimentos da companhia.

    - AZUL PN recuou 4,62%, na sexta sessão seguida de queda, renovando mínimas desde março de 2023. Na semana passada, o Goldman Sachs reduziu um pouco suas previsões para receita líquida e Ebitda da companhia no período de 2024 a 2026, cortando o preço-alvo das ações de 23,50 para 20,10 reais. Nesta quarta-feira, os papéis fecharam a 8,06 reais.

    - CSN ON recuou 1,85%, com ajustes, após disparar na véspera, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu acatar recurso da companhia envolvendo uma indenização de cerca de 5 bilhões de reais a ser paga pela Ternium referente à entrada desta última na Usiminas. A Ternium prometeu recorrer.

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