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    IGP-10 desacelera alta para 0,04% em março com recuo em preços de commodities, diz FGV

    O resultado foi puxado pelo forte recuo dos preços de matérias-primas brutas

    Preços de alimentos exibidos do lado de fora de um supermercado no Rio de Janeiro 08/04/2022 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
    Redação Brasil 247 avatar
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    Reuters - A alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou mais do que o esperado em março, a 0,04%, após avançar 0,87% em fevereiro, em resultado puxado pelo forte recuo dos preços de matérias-primas brutas, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

    Analistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,53% na base mensal.

    Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 8,59%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve baixa de 0,26% em março, depois de subir 1,02% no mês anterior.

    "Nos preços ao produtor, a incerteza global intensificada pela guerra comercial dos Estados Unidos levou à queda dos preços do minério de ferro em março, impactando a retração do IPA", disse André Braz, economista do FGV IBRE.

    Os itens que mais contribuíram para o resultado do IPA foram minério de ferro (0,42% para -2,12%), bovinos (3,30% para -3,55%) e carne bovina (-3,56% para -4,53%).

    A queda no IPA veio na esteira do recuo dos preços no grupo de Matéria-Primas Brutas, que tiveram deflação de 1,36% em março, após subirem 1,49% no mês anterior.

    Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, acelerou, registrando alta de 1,03% no mês, depois de avançar 0,44% em fevereiro.

    No IPC, houve acréscimo em cinco das oito classes que compõem o índice: Habitação (-0,44% para 2,77%), Alimentação (0,87% para 1,31%), Vestuário (-0,46% para 0,24%), Comunicação (0,08% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,53% para 0,84%).

    A tarifa de eletricidade residencial e o aluguel residencial foram os itens com a variação positiva de maior destaque no IPC, subindo 11,31% e 3,32%, respectivamente, em março, ante as quedas de 4,49% e 1,01% no mês anterior.

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) desacelerou sua alta, subindo 0,43% em março, depois de um avanço de 0,55% em fevereiro.

    O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

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