Inflação tem alta menor e termina 2016 perto da meta
A prévia da inflação oficial brasileira subiu menos do que o esperado em dezembro e fechou o ano muito próxima da meta do governo, o que abre ainda mais espaço para o Banco Central acelerar o ritmo de corte de juros; Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) fechou 2016 com alta acumulada de 6,58 por cento, nível mais baixo desde 2014 (6,46 por cento) e após fechar 2015 com alta de 10,71 por cento, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Reuters - A prévia da inflação oficial brasileira subiu menos do que o esperado em dezembro e fechou o ano muito próxima da meta do governo, o que abre ainda mais espaço para o Banco Central acelerar o ritmo de corte de juros.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) fechou 2016 com alta acumulada de 6,58 por cento, nível mais baixo desde 2014 (6,46 por cento) e após fechar 2015 com alta de 10,71 por cento, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos 12 meses até novembro, o índice havia acumulado alta de 7,64 por cento e a expectativa em pesquisa da Reuters era de que terminasse este ano a 6,71 por cento.
Em dezembro, o IPCA-15 desacelerou a alta a 0,19 por cento, contra 0,26 por cento no mês anterior e bem abaixo da estimativa de avanço de 0,30 por cento. Trata-se do nível mais baixo para dezembro desde 1998 (0,13 por cento).
A meta do governo para a inflação este ano é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais. O resultado do IPCA-15 aumenta a probabilidade de cumprimento do objetivo e, assim, ajudar o BC a aumentar o ritmo de corte dos juros básicos, hoje em 13,75 por cento ao ano.
De modo geral, os agentes econômicos acreditam que o BC cortará a Selic em 0,5 ponto percentual em janeiro, acima dos cortes de 0,25 ponto cada feitos nos dois encontros anteriores do Comitê de Política Monetária (Copom).
"O resultado é favorável para o BC acelerar o passo, mas ainda acho que em janeiro o corte (da Selic) será de 0,50 ponto percentual porque na comunicação (do BC) não há sinalização de aumento de ritmo tão significativo", disse a economista da consultoria Tendências Alessandra Ribeiro.
"Mas esse sinal pode ser dado mais para a frente, e uma redução de 0,75 por cento pode vir na segunda reunião", acrescentou, referindo-se ao econtro de fevereiro do Copom
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