IPO da JBS Friboi abre alta acionária da empresa
Após o BNDES vetar sua reorganização societária no final de outubro, as ações da JBS voltam a causar euforia na Bolsa em função da revisão no plano de reorganização da companhia, com o IPO da subsidiária JBS Foods International (JBSFI) em Nova York; analistas avaliam que as ações da empresa podem subir entre 12% e 50%, dentro da perspectiva mais conservadora até a mais agressiva, respectivamente
Infomoney - Após o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico) vetar sua reorganização societária no final de outubro, as ações da JBS (JBSS3) voltam a ter motivo para comemorar na Bolsa. Às 13h05 (horário de Brasília), as ações da JBS subiam 16,92%, a R$ 10,85, depois de atingirem na máxima do dia valorização de 17,35%, a R$ 10,89.
A percepção do mercado é unânime: a notícia da revisão no plano de reorganização da companhia, com o IPO (oferta pública inicial de ações) da subsidiária JBS Foods International (JBSFI) em Nova York, é positiva para a companhia.
Das análises compiladas pelo InfoMoney, o BTG Pactual traz a projeção mais agressiva para a ação, vendo uma possibilidade de alta de mais 50% frente ao patamar atual, até os R$ 16,60. O banco, contudo, reiterou recomendação neutra para o papel, mas com viés positivo caso consigam ir adiante com a oferta. Já o Credit Suisse, em sua análise conservadora, vê chances da ação subir mais 12%, indo próxima a R$ 12,20.
O Itaú BBA, por sua vez, optou por elevar hoje a recomendação da ação de market perform (desempenho em linha com a média) para outperform (desempenho acima da média). "O IPO alinha a criação de valor entre controladores e acionistas minoritários e ajuda a reduzir a alavancagem", comentaram os analistas do banco.
Uma proposta menos controversa
Para o BTG, essa nova proposta é menos controversa que a anterior e deve ser bem recebida pelo mercado. A principal diferença da proposta original é que agora a JBS Foods Internacional (JBSFI) continuará sendo uma subsidiária e controlada da JBS (e não o contrário como proposto anteriormente). A subsidiária vai concentrar todas as operações internacionais da JBS e da Seara, mantendo a sede do grupo no Brasil.
"O IPO pode ser uma forma de destravar valor e um possível catalisador para o re-rating das ações da companhia", comentaram os analistas do banco. Além disso, eles apontaram que o IPO também pode dar mais liquidez para o balanço – um ponto que eles estão particularmente preocupados.
BNDES não voltará a atrapalhar?
Em teleconferência realizada nesta manhã, o presidente do grupo, Wesley Batista, disse que o plano pode ser efetivado com a aprovação do conselho, não depende da aprovação do BNDES, e reforçou que isso acelerar a redução da alavancagem da companhia. Ele comentou ainda que acredita que o BNDES viu com bons olhos o novo plano, mas explicou que ainda é precipitado estimar o tamanho, valor do IPO.
O novo plano da JBS ocorre após o braço do BNDES, o BNDESPar, vetar em outubro uma reorganização que previa que a sede do grupo seria na Holanda. Por conta do cancelamento, as ações da JBS desabaram 23% na Bolsa nos 8 pregões que se seguiram ao anúncio, atingindo em 4 de novembro o valor de R$ 9,11, no menor patamar desde junho de 2016. Vale menção que, apesar da forte alta hoje, os papéis da JBS ainda não recupararam o patamar perdido no dia do "não" do BNDES, em 25 de outubro, quando eram cotadas na casa dos R$ 12,00.
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