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    Justiça do Trabalho proíbe demissão de funcionários da Ford no Brasil

    A montadora fica proibida de suspender o pagamento de salários e de licenças remuneradas enquanto os contratos de trabalho estiverem em vigor

    Linha de produção em fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP). (Foto: REUTERS/Nacho Doce)

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    Sputnik - A Justiça do Trabalho concedeu duas liminares na noite desta sexta-feira (5) suspendendo a demissão em massa de funcionários das fábricas da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté (SP).

    A montadora fica proibida de suspender o pagamento de salários e de licenças remuneradas enquanto os contratos de trabalho estiverem em vigor. As informações foram publicadas pelo portal G1.

    Em Taubaté, a juíza Andréia de Oliveira, da 2ª Vara Federal do Trabalho, proibiu a Ford de vender maquinário e outros bens da unidade. Ela determinou que a montadora apresente um cronograma de negociação coletiva em 30 dias.

    "O caso dos autos não envolve a dispensa sem justa causa de um único trabalhador, onde o impacto é sentido por uma família apenas. A dimensão da empresa, o número de empregos diretos e indiretos atingidos e o impacto social para o país não comportam uma solução simplista para o caso", escreveu a magistrada.

    A decisão desta sexta-feira (5) é em caráter liminar e a empresa ainda pode recorrer.

    Na Bahia, o juiz Leonardo de Moura Landulfo Jorge, da 3ª Vara do Trabalho de Camaçari, determinou que poderá ser aplicada multa de R$ 1 milhão por norma descumprida e R$ 50.000 por trabalhador atingido.

    A empresa também não pode, segundo a decisão, praticar "assédio moral negocial, de apresentar ou oferecer propostas, ou valores de forma individual aos trabalhadores, durante a negociação coletiva, devendo, caso seja do seu interesse, informar a coletividade das tratativas através de comunicados oficiais".

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