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    Lula decide manter Prates no cargo depois de reunião tensa em Brasília

    Presidente da Petrobras foi chamado para a reunião, principalmente, por se ter se abstido de votar na questão dos dividendos, não tendo apoiado o posicionamento do governo

    Lula | Jean Paul Prates | Alexandre Silveira (Foto: REUTERS/Mohamed Abdel-Ghany | Paulo Pinto/Agência Brasil | Rovena Rosa/Agência Brasil)

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    247 - Após uma reunião marcada por tensões nesta segunda-feira (11), o presidente Lula (PT) decidiu manter Jean Paul Prates no cargo de presidente da Petrobras. O encontro, realizado no Palácio do Planalto, foi convocado em meio às divergências internas em relação à decisão do conselho de não distribuir os dividendos extraordinários do quarto trimestre de 2023 aos acionistas.

    Prates defendia inicialmente a distribuição de 50% do valor possível de dividendos extraordinários, mas foi voto vencido durante a reunião do conselho. 6 dos 11 conselheiros (sendo 5 indicados pelo governo federal) optaram por destinar 100% dos recursos para uma reserva estatutária de remuneração de capital. Esta também é a posição defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e pelo presidente Lula.

    Prates foi chamado para a reunião, principalmente, por se ter se abstido de votar, não tendo apoiado o posicionamento do governo. O presidente Lula, segundo seus assessores, estava ciente de que o endividamento da Petrobras ultrapassaria o limite definido de US$ 65 bilhões se os dividendos extraordinários fossem totalmente pagos, comprometendo o plano de investimento da empresa.

    A decisão de não pagar os dividendos desagradou ao mercado financeiro, que reagiu com uma queda acentuada nas ações da empresa petrolífera desde a última sexta-feira. No entanto, Lula se manifestou lembrando que a Petrobras não deve focar exclusivamente nos interesses dos acionistas, mas também nos interesses dos brasileiros.

    "Tem que pensar o investimento e em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa. O que não é correto é a Petrobras, que tinha que distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões. E R$ 40 bilhões a mais que poderiam ter sido colocados para investimento, fazer mais pesquisa, mais navio, mais sonda... Não foi feito", afirmou o presidente, em entrevista ao SBT News nesta segunda.

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