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    Lula diz que Banco Central terá que ter também meta de crescimento e emprego

    "Nós vamos conversar com o presidente do Banco Central, ele certamente é uma pessoa razoável para conversar", disse Lula sobre Roberto Campos Neto

    Lula e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)
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    BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira que o Banco Central estabeleça metas de crescimento econômico e de geração de emprego, além de atuar no controle da inflação, e disse que irá conversar, caso eleito, com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.

    "O Banco Central, ele tem como finalidade fazer com que a inflação seja controlada e o único mecanismo que ele tem é aumentar a taxa de juros. É preciso criar outro mecanismo, o Banco Central precisa assumir outra responsabilidade. O mesmo banco que tem poder para taxar e dar a meta de inflação, precisa dar a meta de crescimento econômico e a meta de emprego que nós vamos criar", disse o petista em entrevista ao SBT.

    "Nós vamos conversar com o presidente do Banco Central, ele certamente é uma pessoa razoável para conversar, é um economista competente e vamos conversar", acrescentou o ex-presidente sobre Campos Neto, que tem mandato para cumprir à frente do BC até 31 de dezembro de 2024.

    Lula lidera as pesquisas eleitorais e tem chances de liquidar a disputa ainda no primeiro turno, no domingo.

    O ex-presidente criticou na entrevista seu principal adversário na corrida eleitoral, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), por ter mirado no ICMS incidente sobre os combustíveis para reduzir os preços.

    O petista disse não ter a intenção de mexer em políticas que são prerrogativas dos Estados --caso do ICMS-- e afirmou que para reduzir o preço dos combustíveis pretende ir no que considera a fonte do problema: a política de preços da Petrobras.

    O ex-presidente reafirmou ainda seu compromisso em promover, caso eleito, uma reforma tributária, defendendo que os mais ricos têm que pagar "um pouco mais".

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