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    Lula estaria insatisfeito com Prates pela demora em mudar as políticas da Petrobrás

    Presidente diz que Prates foi “capturado” pelo “status quo” da Petrobrás e quer fim do PPI e dos mega dividendos

    Lula e Jean Paul Prates (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Tomaz Silva/Agência Brasil | Paulo Whitaker/Reuters)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Indicado pelo presidente Lula (PT) para a presidência da Petrobrás, Jean Paul Prates já não conta com o mesmo apreço por parte do chefe do Palácio do Planalto. Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, a relação entre ambos "nunca esteve tão desgastada".

    "Lula tem enviado diferentes sinais de que está insatisfeito com o quadro geral da estatal nos três primeiros meses de seu governo - e tem cobrado o presidente da companhia para que dê uma guinada o quanto antes", diz a reportagem.

    Na avaliação de Lula, Prates não tem conseguido implementar a agenda de seu governo na Petrobrás. O fim do Preço de Paridade de Importação (PPI) foi uma das promessas de campanha do petista. Prates já está há três meses no comando da companhia e nada foi feito sobre o assunto.

    O presidente Lula tem feito também críticas públicas à distribuição recorde de dividendos a acionistas da Petrobrás, que contou com um voto favorável de Prates.

    De acordo com a reportagem, outros fatores contribuíram para a deterioração da relação entre Lula e Prates: "na semana passada, os comitês da Petrobrás recomendaram a rejeição de duas indicações para compor o conselho, uma de Lula e outra do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. A assembleia de acionistas pode ignorar a recomendação e colocar no conselho quem o governo quiser. Mas o fato de que Prates não pode passar por cima dos controles internos da companhia vem sendo visto como sinal de fraqueza"; "também pegou mal no Palácio do Planalto o reajuste salarial de 43,88% para conselheiros e diretores, aprovado pelo conselho de administração da Petrobras na semana passada. O reajuste precisa ser chancelado pela assembleia de acionistas, na qual o governo tem a maioria dos votos".

    Quem conversa com Lula sobre a Petrobrás ouve do presidente que Prates foi “capturado” pelo “status quo” da companhia e que tem tomado decisões sem consultar o governo.

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