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"Marina nunca colocou dados objetivos contra a Margem Equatorial", diz Alexandre Silveira

Ministro afirma que "não podemos tirar o direito do Brasil de conhecer suas potencialidades no setor mineral e no de petróleo"

Alexandre Silveira e Marina Silva (Foto: ABR)

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247 – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nunca apresentou dados objetivos contra a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Em entrevista ao jornal O Globo, Silveira afirmou que a Petrobras deve explorar as reservas da região. "Os extremos não contribuem. O passar boiada do governo anterior ia levar o Brasil à bancarrota. Outro extremo são ambientalistas radicais que não querem praticar a boa política: a que dialoga e, às vezes, perde e entende que faz parte da democracia. Seria cômodo eu embarcar num discurso politicamente correto, mas eu faria um desserviço ao país. Não podemos tirar o direito do Brasil de conhecer suas potencialidades no setor mineral e no de petróleo", disse ele.

Em relação à ministra Marina Silva, ele também apontou sua posição. "A ministra Marina Silva, nas nossas reuniões sobre o tema, nunca foi textual que é contra. Ela sempre disse que está no Ibama sendo analisado tanto quanto outros processos de licenciamento. Eu não quero acreditar que ela é contra, porque para ser contra a alguma coisa você tem que ter dados objetivos. Esses dados objetivos nunca foram colocados", apontou.

Silveira espera que a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tenha "coragem para fazer acontecer" na estatal, após a demissão de Jean Paul Prates. Ele destacou que a pauta de investimentos em gás, fertilizantes e refinarias continua a mesma, e que discordâncias na condução dessas políticas foram a principal razão para a saída de Prates. No entanto, negou que uma disputa pessoal tenha motivado a troca de comando, atribuindo a decisão a um "conjunto de questões" avaliadas pelo presidente Lula.

O ministro defendeu enfaticamente a prospecção de petróleo na região da Foz do Amazonas, criticando o que chamou de "ambientalistas radicais" que, em sua visão, não contribuem de maneira construtiva para o país. Ele ressaltou a importância de explorar as potencialidades minerais e petrolíferas do Brasil, garantindo que isso pode ser feito de forma ambientalmente responsável.

Sobre a gestão de Magda Chambriard, Silveira destacou sua expectativa de que ela aumente a oferta de gás e invista na reativação de fábricas de fertilizantes, seguindo as diretrizes do governo. Ele elogiou sua disposição, sensibilidade e autoridade, confiando que ela manterá a Petrobras competitiva e atraente para investidores.

O ministro também abordou a questão da composição do Conselho de Administração da Eletrobras, mencionando que ainda não há uma decisão sobre o prosseguimento do acordo com a empresa. A União, que possui mais de 40% das ações, busca aumentar sua participação no colegiado, que atualmente conta com apenas um representante do governo. Silveira afirmou que a busca por uma solução justa continua em andamento.

Sem loteamento – Além disso, Silveira negou a possibilidade de loteamento na diretoria da Petrobras e garantiu que a empresa não sofrerá solavancos com as mudanças recentes. Ele também comentou sobre a política de preço e investimentos, enfatizando a necessidade de focar em projetos que aumentem a oferta de gás e reativem as fábricas de fertilizantes, alinhando-se com as metas do governo.

Silveira não descartou a possibilidade de recomprar refinarias vendidas, mas destacou que as refinarias da Petrobras não podem ser negligenciadas. Ele minimizou as reações negativas do mercado à percepção de um possível retorno a investimentos passados, afirmando que a empresa continuará estável e atrativa.

Por fim, Silveira expressou otimismo quanto à capacidade de Chambriard de liderar a Petrobras, destacando a importância de manter a empresa como uma referência no setor energético, cumprindo suas obrigações com os investidores e com o Brasil.

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